As festas da devoção ao Divino Espírito Santo voltarão a acontecer conforme a tradição este ano em diversas paróquias da Arquidiocese de Florianópolis, após dois anos de restrições sanitárias por conta da pandemia global de Covid-19. É uma prática coletiva de celebrações religiosas e folclóricas. Esta manifestação popular foi introduzida na região pelos açorianos por volta de 1748.
Por seu valor ancestral, histórico e cultural recebeu o “Título de Bem do Patrimônio de Natureza Imaterial” no Estado de Santa Catarina. A tradição enraizou-se em várias cidades do litoral. Um expressivo conjunto simbólico traduz a devoção ao Espírito Santo: bandeira, cetro, salva, coroa, cantorias, promessas, pãezinhos, bailes, bingos, missa solene, novenas, bênçãos e peditórios, além da procissão da corte imperial e coroação do imperador.
A saída da Bandeira do Divino, em romaria pelas ruas, anuncia o início do Ciclo do Divino Espírito Santo. Ao som de rabeca, viola e tambor, os foliões do Divino seguem de casa em casa, divulgando a festa e arrecadando donativos. Ornada com fitas multicoloridas e com uma pomba branca colocada no alto do mastro, a bandeira tem presença emblemática em todas as cerimônias e é considerada um dos principais símbolos do evento, que tem como ponto alto a cerimônia de coroação do Imperador.
Rica em significados, a Festa do Divino Espírito Santo comemora a esperança na chegada de uma nova era, um tempo futuro em que predomine a paz, a partilha, a solidariedade, a liberdade, a caridade e a união das pessoas para prevalecer o Império da igualdade.
Origem
A festa foi criada em 1321 pela rainha Isabel de Aragão, que prometeu ao Espírito Santo peregrinar pelo mundo com uma cópia da coroa e uma pomba caso as desavenças entre o rei Dom Dinis e o príncipe Afonso terminassem. Com o fim do conflito entre pai e filho, foi criada a festa, que acabou se tornando uma tradição em Portugal e em todos os outros países com traços de colonização portuguesa.
As paróquias da Arquidiocese de Florianópolis já têm as datas das comemorações deste ano. Confira abaixo a relação de datas das festas ligadas à Casa dos Açores de Santa Catarina.
Biguaçu
- Paróquia São João Evangelista, 24 e 25 de setembro.
Camboriú
- Paróquia Divino Espírito Santo, 4 a 6 de junho.
Florianópolis
- CENTRO – Paróquia Nossa Senhora do Desterro e Santa Catarina, 2 a 5 de junho;
- MONTE VERDE – Paróquia São Francisco Xavier, 3 a 5 de junho;
- RIBEIRÃO DA ILHA – Paróquia Nossa Senhora da Lapa, 3 a 5 de junho;
- ESTREITO – Paróquia Nossa Senhora de Fátima e Santa Teresinha do Menino Jesus, 10 a 12 de junho:
- PRAINHA – Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, 9 a 12 de junho;
- SACO DOS LIMÕES – Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, 10 a 12 de junho;
- TRINDADE – Paróquia Santíssima Trindade, 10 a 12 de junho;
- CAMPECHE – Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração, 10 a 12 de julho e 16 e 17 de julho;
- LAGOA DA CONCEIÇÃO – Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, 8 a 10 de julho e 9 a 11 de setembro;
- INGLESES – Paróquia Sagrado Coração de Jesus, 2 a 4 de setembro;
- SANTO ANTÔNIO DE LISBOA – Paróquia Nossa Senhora das Necessidades, 9 a 11 de setembro;
Garopaba
- Paróquia São Joaquim, 3 a 5 de junho.
Govenador Celso Ramos
- Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, 13 a 25 de julho.
Itajaí
- Paróquia Santíssimo Sacramento, 28 de maio a 6 de junho.
Palhoça
- PONTE DO IMARUIM – Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, 14 a 15 de maio;
- CENTRO – Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, 11 a 13 de junho;
- ENSEADA DE BRITO – Paróquia Nossa Senhora do Rosário, 3 a 11 de julho.
Porto Belo
- Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, 17 a 19 de junho.
Santo Amaro da Imperatriz
- Paróquia Santo Amaro, 3 a 6 de junho.
São José
- Paróquia São José, 28 a 30 de maio.
Tijucas
- Paróquia São Sebastião, 3 a 6 de junho.