Artigo: “A Bíblia e São José”, por Frei Nilo Agostini

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Artigo: “A Bíblia e São José”, por Frei Nilo Agostini

São José recebe das Escrituras o elogio de ser um homem justo e sábio. Ele é um homem de bem (cf. Mt 1,19), atento ao desígnio de Deus (cf. Mt 1,24). Acolhe Maria grávida de Jesus, revelando-se respeitoso e delicado, guiado pela providência de Deus (cf. Mt 1,16,18-21,24; Lc 2,14-21). É pai no acolhimento.

Como servo atencioso e prudente, cuida da Sagrada Família que Deus lhe confia. Não teme os perigos; é da Família o defensor. Pai na ternura, acompanha os primeiros passos de Jesus ao lado de sua mãe Maria; cerca Jesus e Maria de cuidados. Encara a vida com esperança. Jesus cresce diante de um homem de fé.

José deixa-se guiar por Deus. É pai na obediência quer na anunciação do Senhor, quer quando Herodes manda matar o Menino, quer após a morte de Herodes. Jesus respira essa ausculta de Deus, de seus desígnios, no cumprimento filial de sua vontade. José, como custódio da Sagrada Família, sabe vencer os obstáculos e encontrar os recursos; é pai de uma coragem criativa.

José faz do trabalho um modo de viver que o dignifica; participa, assim, na obra de Deus. Jesus vive este ambiente. José prepara o Filho no silêncio, na doação, tornando-o capaz dos grandes passos a ele reservados. Movido pelo amor, José se faz doação; essa é a sua alegria.

Por volta do ano 800, no norte da França, temos a menção mais antiga sobre o culto a São José, no Ocidente. A partir de 1480, passou-se a celebrar a sua festa em 19 de março, com a aprovação do Papa Sisto IV. Em 1870, o Papa Pio IX o declarou padroeiro da Igreja Católica. Em 1962, o Papa João XXIII inseriu seu nome no Cânon Romano da Santa Missa. Em 2020, o Papa Francisco publicou a carta apostólica Patris Corde, por ocasião do 150º aniversário da declaração de São José como padroeiro universal da Igreja.

Imagem: Guido Reni – Domínio Público

ArtigosbíbliaFrei Nilo AgostiniJornal da ArquidioceseSão José

2 respostas

  1. Gostei muito de receber esse artigo sobre São José. Ele deveria ser mais lembrado porque nos garantiu a formação da Sagrada Família. A humildade dele para cumprir o propósito divino, enquanto humano , tornou -o um grande homem, um São José, no sentido de ser são, saúde plena, porque guiado pelo Espírito Santo!!

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