Nesta quarta-feira, dia 13 de agosto, o Papa Leão XIV deu continuidade à série de catequeses do ano jubilar sobre Jesus Cristo com o tema da traição de Judas. A audiência geral precisou ser feita na Sala Paulo VI, com capacidade de cerca de 6 mil pessoas, devido ao aumento nas temperaturas. Após, ele saudou os presentes na Basílica de São Pedro e na Praça Petriano, de onde os fiéis também acompanhavam a catequese.
O pontífice continua a catequese sobre o momento em que o Senhor revela que um dos Doze está para o trair. Ele indica que esta cena ensina-nos que o amor, quando é sincero, não pode ocultar a verdade.
“Jesus não denuncia para humilhar. Diz a verdade, porque quer salvar. E para ser salvo é preciso sentir: sentir que se está envolvido, sentir que se é amado não obstante tudo, sentir que o mal é real mas não tem a última palavra. Só quem conheceu a verdade de um amor profundo pode aceitar inclusive a ferida da traição”, apontou.
O papa observa que a reação dos discípulos não é de raiva, mas de tristeza, pois, ao perguntarem “Acaso serei eu?”, reconhecem a fragilidade do seu próprio amor. As duras palavras de Jesus “Melhor seria que nunca tivesse nascido!”, referindo-se ao traidor, não são uma maldição ou condenação, mas um grito de dor. Com efeito, se renegamos o Amor que nos gerou, perdemos o sentido de nossa vinda a este mundo e autoexcluímo-nos da salvação.
“No fundo, é nisto que consiste a esperança: saber que, embora possamos fracassar, Deus nunca falha. Ainda que possamos trair, Ele não se cansa de nos amar. E se nos deixarmos alcançar por este amor – humilde, ferido, mas sempre fiel – então realmente poderemos renascer. E começar a viver não já como traidores, mas como filhos sempre amados”, concluiu.
O texto completo da Audiência Geral pode ser lido no site da Santa Sé.
