Dois mil fiéis de vários municípios da Arquidiocese de Florianópolis, 18 diáconos e mais de 40 padres participaram da ordenação presbiteral de Murilo Guesser, 30 anos, no último sábado, 15, na Igreja Senhor Bom Jesus, na comunidade de Rachadel, em Antônio Carlos, cidade natal do mais novo padre.
A Missa solene foi presidida pelo Arcebispo, Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, concelebrada pelo Bispo Auxiliar Emérito, Dom Vito Schlickmann; pelo vigário geral, Pe. Vitor Feller, além de outros padres. Também estavam presentes na celebração, religiosas e todos os seminaristas dos Seminários, Propedêutico e de Azambuja.
Na homilia, Dom Wilson destacou que “o padre não é simplesmente um ‘eu quero’, ele é escolhido por Deus. A vida do Pe. Murilo daqui para a frente é ensinar como viver o Evangelho. O Espírito lhe dará sabedoria para cada situação”. E prosseguiu ao apontar que “o sacerdote realiza sua missão como um mandato, uma ordem de Cristo. E para isso, precisa da intimidade com Ele. Diácono Murilo, busque a intimidade com Deus, diariamente, e saberá o que fazer. O sacerdote leva as pessoas até Deus e traz Deus para elas”.
Para a paroquiana Maria Alves, da Paróquia São Joaquim, de Garopaba, onde já estava Murilo antes da ordenação, “é uma honra tê-lo conosco, agora como padre. Que ele continue a fazer o bom trabalho que já vem desenvolvendo entre nós”.
Antes do término da celebração, Pe. Murilo agradeceu a todos e também, por ter nascido em Antônio Carlos. “Foi aqui que nossos pais se conheceram, casaram e constituíram nossa família. Nasci num berço abençoado. Aqui aprendi a amar a Deus e a Sua vontade. Agradeço às casas de formação e aos formadores que muito me ensinaram”, enumerou o novo sacerdote. “Hoje assumo o compromisso definitivo na Igreja de Florianópolis. Espero contar com a prece de todos. Jesus precisa também de minhas mãos, sempre pensava nisso, ao olhar a imagem do padroeiro daqui. Que minhas mãos ungidas sejam usadas para o bem. Minha família, minha primeira Igreja. E aos meus pais, digo: para sempre eu serei padre, mas para sempre eu serei filho”, concluiu Pe. Murilo.
Sacerdócio despertado na infância
Uma vocação que nasceu pela intercessão dos pais. “Durante os quase nove anos de namoro, rezamos juntos pelas vocações. Quando casamos, mantemos esta tradição de rezar nesta intenção com a família”, declarou o pai de Murilo, o diácono da Paróquia de Antônio Carlos, Francisco Roque Guesser. Casado há 33 anos e pai de quatro filhos, o diácono Francisco afirma que “é uma grande graça que Deus nos concede e ao mesmo tempo, uma responsabilidade maior, através da oração e testemunho. Toda vocação deve ser alimentada pela oração”.
A mãe, Margarida Mannes Guesser, conta que o filho, por volta dos cinco anos de idade, cortava o lençol para fazer de casula e amarrava com a corda dos bois na cintura. “Assim, ele brincava com os amigos de presidir a Missa. Coroinha já na infância, fazia parte da música e sempre foi zeloso por todas as coisas da Igreja. Ofertar nosso filho para o altar de Cristo é o que de melhor a gente pode fazer”, admite a mãe.
Na manhã do domingo, 16, Pe. Murilo Guesser presidiu a primeira Missa na Igreja Senhor Bom Jesus, em Rachadel, Antônio Carlos, concelebrada por mais de 12 padres e lotada de fiéis.