“Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor” (Lc 2,22).
Meditatio (meditação)
No cumprimento da Lei de Moisés, Maria e José demonstram ser pessoas inseridas na fé judaica. Com profunda devoção, a Sagrada Família de Nazaré vai ao Templo de Jerusalém para realizar o rito de purificação da mãe e para consagrar seu primogênito a Deus. Maria e José oferecem o sacrifício dos pobres: um par de rolas ou dois pombinhos (Lc 2,24). No Templo, a Sagrada Família se encontra com duas pessoas de idade avançada: Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel (Lc 2,25); e a profetisa Ana, uma viúva que não saía do Templo, servindo a Deus, dia e noite, com jejuns e orações (Lc 2,36-37). Simeão e Ana representam o povo de Israel que esperava ardentemente o cumprimento das promessas divinas. Simeão vê a salvação se aproximar com a chegada do Menino Jesus. A presença de Jesus no Templo alude a seu caráter sacerdotal e sacrifical. O Menino, Luz das nações, é a oferenda verdadeira elevada a Deus Pai, para a nossa salvação.
Oratio (oração)
Senhor, meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel” (Lc 2,30-32)
Contemplatio (contemplação)
Unindo nossos olhares aos olhares de Maria e José, de Simeão e Ana, contemplemos a consagração do Menino Jesus a Deus Pai.
Missio (missão)
Ao ser apresentado ao Pai, Jesus se torna a oferenda perfeita para nossa salvação. Ele é o Messias, o Ungido de Deus. Iluminados com a glória de Jesus, renovamos nosso compromisso de povo consagrado ao Senhor. Como Simeão e Ana, somos impulsionados pelo Espírito Santo a anunciar com júbilo o nosso Salvador Jesus Cristo.
Por Pe. Wellington Cristiano da Silva
Artigo publicado na edição nº 231 do Jornal da Arquidiocese
Fevereiro de 2017