O sacerdócio, a vida consagrada, a família e a missão, são dons concedidos somente por Deus, mas também são frutos da comunidade que reza. Neste ano, todos os fiéis estarão em oração, como um único corpo, para pedir ao Senhor, por intercessão de Nossa Senhora, novas vocações para Igreja.
Em fevereiro, os seminários da Arquidiocese voltam às suas atividades normais. A oração, o apoio e incentivo de cada leigo são essenciais para que os seminaristas continuem perseverantes na caminhada.
O Jornal da Arquidiocese foi conhecer um pouco mais a história do seminarista que está no 4º ano de Teologia do Convívio Emaús, Lucas Casimiro Tibincoski Teixeira. Natural de Itajaí, desde criança ele participava das atividades na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. O itajaiense conta que até os sete anos de idade, desejava ser médico, “não me passava pela cabeça a ideia de ser padre”, confessa.
Foi na catequese, aos noves anos, no decorrer de três eventos marcantes, que o jovem sentiu o primeiro chamado à vocação sacerdotal. O primeiro foi quando ele leu pela primeira vez a leitura da missa, o que o motivou a ingressar no grupo dos coroinhas. Com isso, Lucas teve uma maior aproximação com o pároco da época, Pe. Sérgio José de Souza. “Além do serviço no altar, o padre nos levava às igrejas do Carmelo e em um hospital de Itajaí. Desta forma, minha participação nas celebrações litúrgicas aumentou e pude conhecer alguns colegas que se sentiam chamados à vocação sacerdotal”, explica o seminarista.
“Lucas, tu queres ser padre?”, foi este questionamento que o seminarista da época, hoje Pe. Kelvin Borges Konz, fez ao jovem quando ele tinha dez anos. “A pergunta entrou pelos ouvidos e atingiu diretamente meu coração”, comenta. Naquele dia, a resposta dele foi “não”, mas admite que depois daquela data, “a pergunta nunca mais deixou de ecoar dentro de mim e passei a me questionar se talvez não fosse esta a vontade de Deus”.
Depois disso, Lucas passou a observar mais a pessoa do padre de uma maneira totalmente diferente. Os anos se passaram e crescia cada vez mais nele a vontade de ingressar no seminário vocacional. Foi então que em 2010, ele decidiu seguir a vocação. “Espero, no próximo ano, ser ordenado e poder testemunhar o amor de Deus pela vocação pela qual Ele me chamou”, conclui Lucas.
Matéria publicada no Jornal da Arquidiocese, edição de fevereiro de 2018, pág. 09.