E aí, “brother”! O verão chegou e está na hora de acordar bem cedo para pegar aquela onda. Tem que ir naquela praia que é o “pico”, porque lá não tem “merreca”. O dia acabou de amanhecer, são 07h, o mar não está “flat”, tem muito “swel”, perfeito para fazer um “drop”.
A cultura do surfe é marcante no litoral da Arquidiocese de Florianópolis. Desde os anos 70, o esporte influencia no estilo de vida das cidades que são banhadas pelo Oceano Atlântico. São muitas pousadas, escolas de surfe e fábricas de equipamento que contribuem para a economia da região e incentivam o turismo jovem.
A Revista de Verão conversou com alguns fiéis que praticam o surfe e perguntou quais são as melhores praias de Floripa e outras cidades, para a prática do esporte.
Gustavo Alves Corrêa
26 anos
Analista financeiro
Participa do Movimento de Emaús
“Gosto de surfar na Praia Brava, onde aprendi o esporte e onde tenho casa de praia, e na Praia do Matadeiro, com vento sul, na Joaquina e no Santinho, com vento norte. Gosto dessas praias pelo tipo de onda que quebra constantemente nelas”.
Lui Von Holleben
26 anos
Coordenador de vendas
Participa do Movimento de Emaús
“Gosto da Praia do Silveira, em Garopaba. Em Itajaí, a melhor é Praia Brava. Mas na maior parte do ano eu surfo no norte da Ilha, especialmente nos Ingleses e na Brava. Me identifico com esses dois lugares, por sempre estar entre amigos e família, pois o surf representa mais do que um esporte, é também uma maneira de estar muito perto da criação e, por consequência, da presença de Deus. Além disso, minha praia do leste da Ilha preferida é a Mole”.
Alexandre de Souza
40 anos
Empresário
Participa das Equipes de Nossa Senhora
“Os lugares que eu mais gosto são as praias da Joaquina, Mole, Moçambique e Santinho. As melhores ondas dependem da direção da ondulação e do vento. A melhor condição em Florianópolis é com ondulação de leste e vento oeste”. #FicaADica
Guido, o anjo das ondas
Guido Vidal França Schäffer nasceu no dia 22 de maio de 1974, em Volta Redonda (RJ). O jovem era surfista, médico e seminarista, envolvido em causas sociais.
Ele estava prestes a se tornar sacerdote, quando veio a falecer vítima de uma contusão na nuca, que gerou desmaio e afogamento, enquanto surfava, na praia da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, aos 34 anos.
Em 2014, a Arquidiocese do Rio de Janeiro abriu o processo de beatificação junto à Santa Sé. Neste período, o surfista seminarista se tornou Servo de Deus.
Mais informações: guidoschaffer.com.br
Traduzindo algumas gírias
Batida: O surfista bate a crista da onda usando a parte de baixo da prancha
Brother: “Irmão”, em inglês. Maneira como um surfista chama outro, amigavelmente
Drop: Descer a onda da crista até a base
Flat: Mar calmo, sem ondas
Merreca: Onda pequena
Pico: Local muito bom de ser frequentado
Swel: Sequência de ondulações.