Sexualidade e namoro: Dom de Deus

>
>
Sexualidade e namoro: Dom de Deus

Na última Exortação Apostólica Pós-sinodal, Christus Vivit, o Papa Francisco várias vezes insistiu sobre a sexualidade. “Os jovens reconhecem que o corpo e a sexualidade são essenciais para a sua vida e para o crescimento da sua identidade. Mas, num mundo que destaca excessivamente a sexualidade, é difícil manter uma boa relação com o próprio corpo e viver serenamente as relações afetivas” (n. 81).

A sexualidade é constitutiva de todo ser humano. Mas erroneamente muitas vezes vemos isso como um tabu. E por isso muitos cristãos têm tanta dificuldade em trabalhar esta dimensão na sua vida.

Infelizmente vemos uma inversão de valores na sexualidade. Em vez de a olharmos como um dom para o outro, ela é usada para interesse egoísta. E esta é uma das grandes chaves para compreendermos esta temática. A sexualidade é um dom de si para o outro. Lembramos que fomos criados por Deus como seres sexuados. “Ele próprio criou a sexualidade, que é um presente maravilhoso para as suas criaturas” (n. 261).

Muitos jovens quando falam de sexualidade lembram de pornografia, sexo, masturbação, instintos sexuais. Não olham para as relações afetivas, interpessoais. A sexualidade é mais do que a satisfação dos próprios desejos, é uma vida de relações. A sexualidade ultrapassa a dimensão biológica do ser humano, está na dimensão da existência total da pessoa. E está na vivência verdadeira do amor.

Por isso é tão importante que os nossos jovens compreendam o verdadeiro sentido do namoro. O namoro como um tempo de preparação para o matrimônio, e não somente para ter alguém consigo. Um namoro que deve ser vivido na castidade. E para ser vivido na castidade, o namoro é um tempo de “educar-se a si mesmo, desenvolver as melhores virtudes, sobretudo o amor, a paciência, a capacidade de diálogo e de serviço” (n. 265). Saindo de uma mentalidade de uso da outra pessoa, para uma “capacidade de se doar plenamente a uma pessoa, de maneira exclusiva e generosa (n. 265). 

Nossos jovens devem viver um namoro de doação para o outro, de conhecimento de si e do outro, da vivência com o outro, para poder ser expressão de Deus e do caminho de santificação.

Por Pe. Ewerton Martins Gerent
Pároco da Paróquia São João Evangelista
Assessor Eclesiástico do Setor Juventude

Artigo publicado no Jornal da Arquidiocese, junho de 2019, página 11

Dia dos Namoradosnamorosexualidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

PODCAST: UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA