Na próxima quinta-feira, 20 de junho, a Igreja Católica comemora em todo mundo, o dia de Corpus Christi. O nome vem do latim e significa, “Corpo de Cristo”. Tem como objetivo, celebrar o mistério da Eucaristia, ou seja, o Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo.
É um dia em que os fiéis tradicionalmente confeccionam os tapetes feitos de flores, serragem e outros materiais, pelas ruas onde o padre passará com o Santíssimo Sacramento.
Na Arquidiocese de Florianópolis, as 71 Paróquias celebram Missa Solene, seguida de procissão.
Neste ano, na Catedral Metropolitana, a Igreja Mãe da Arquidiocese, a artista plástica, Beatriz Wolf Harger Silveira confeccionou 50 metros de pintura em lona, a partir de observações que ela têm feito da solenidade, de outros anos.
Corpus Cristi Solidário
O Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, presidirá a Missa às 15h, na Catedral Metropolitana. Todos são convidados para fazer um gesto de caridade em prol do Asilo Irmão Joaquim e da Pastoral do Migrante, trazendo donativos de gênero alimentício, higiene pessoal e de limpeza. Todos os donativos arrecadados serão destinados a essas duas entidades.
“Que a festa de Corpus Christi inspire e alimente sempre mais, em cada um de nós, o desejo e o compromisso por uma sociedade acolhedora e solidária” – Papa Francisco.
Na Catedral, às 07h, as ruas em volta da Praça XV serão fechadas para a marcação dos tapetes. E a partir das 08h, representantes de pastorais, movimentos e novas comunidades iniciam a confecção de tapetes.
Sempre na quinta-feira
A festa de Corpus Christi é feita na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Também em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste Sacramento.
A procissão pelas vias públicas atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina ao bispo diocesano que a providencie onde for possível, como forma de “testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia”.
Procissão com a Hóstia consagrada
A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Em 1264, o Papa Urbano IV, através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo“, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.
A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.
No Brasil
A festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima.
Já a tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.