Há poucos dias encerrou-se a primeira Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade. Pela primeira vez, o número de participantes contou com um número significativo de participantes não bispos. Homens e mulheres participaram dos debates e também das votações. O Sínodo pretende ser uma nova etapa da acolhida e aplicação dos conteúdos do Concílio Vaticano II. A Sinodalidade é a via de transmissão da fé no mundo de hoje. A seguir são apresentados alguns elementos que ajudam a entender a novidade que o Sínodo representa.

Igreja, povo de Deus

A Igreja é definida como Povo de Deus em movimento guiada pelo Espírito Santo. O caminho sinodal que deve comandar a reforma da Igreja é marcado pela escuta e pelo diálogo. É a Igreja do relacionamento. Todos são atores da missão, discípulos que anunciam o Evangelho. A todos é proposto o encontro com Cristo e a construção da fraternidade.

Caminho concreto

A Igreja sinodal não privilegia os tratados teológicos, se presenta como uma coleção de mapas que orientam a caminhada pelas veredas do mundo. Não basta ter uma visão teórica, é preciso aprender a caminhar. Sínodo é caminhar juntos: leigos, pastores e o bispo de Roma. Espera-se que sejam eliminadas as diferenças que geram separações.

Senso de fé dos fiéis

A Igreja em seu conjunto é depositária da fé. Os membros não caminho  O Papa fala em recuperar a autoridade dos membros menos instruídos, eles também têm um senso de fé. O Sínodo desafia a Igreja que escute a todos. O senso de fé dos fiéis é colocado ao lado da autoridade do magistério hierárquico e do magistério teológico.

Ministério ordenado

O caminho sinodal se propõe redescobrir o papel ativo, tanto teológico como pastoral, de todos os batizados. Todos receberam a unção do Espírito Santo no Batismo. Este enfoque leva a repensar o modo de exercer o ministério ordenado. É um serviço para que todos batizados possam expressar os seus dons e carismas para o crescimento da Igreja. Espera-se superar uma visão que ergue barreiras entre clero e fiéis leigos.

Antropologia relacional

A Sinodalidade é sustentada pela construção da cultura do encontro. Tudo está interligado, tudo está conectado. É na casa comum que vai se construindo a fraternidade, a amizade. A sinodalidade faz descobrir e integrar a prioridade do “nós” eclesial a serviço do bem comum. É um tempo de graça e caminho de conversão.