Palavra do Arcebispo: Jubileu e Ressurreição

>
>
Palavra do Arcebispo: Jubileu e Ressurreição

Há um paralelo entre a obra da criação narrada no livro do Gênesis e a ressurreição de Jesus. Quando Deus criou o mundo, tinha em vista a ressurreição de Jesus. No primeiro dia da criação, Deus separou as trevas da luz. Com a paixão, morte e sepultamento de Jesus, completaram-se os dias da criação. Com a ressurreição de Jesus, tem início um novo tempo. É o oitavo dia, o primeiro dia da semana. É o tempo do homem novo.

Os Evangelhos narram como acontece essa transformação da vida nova na personagem Maria Madalena e nos apóstolos. Começam por dizer que era ainda escuro quando as mulheres foram ao sepulcro. Para as mulheres, era ainda um tempo de trevas na sua vida de fé. As preocupações preenchiam as suas vidas: encontrar um defunto, remover a pedra que tapava a sepultura, as notícias da crucifixão. São aquelas coisas que costumeiramente tomam conta da vida das pessoas. São as coisas que se depositam no túmulo, se acabam com a morte. Mas encontram o túmulo vazio. Cristo não estava lá.

Pedro e João vão ao sepulcro e encontram os lençóis e o sudário dobrado. Diante destes sinais, João viu e acreditou. Mas a Cristo não encontraram. Maria é a primeira a reconhecer Cristo ressuscitado. Estava diante dele e não percebeu. Só o reconheceu quando Ele pronunciou o seu nome. Então as trevas se dissiparam. Era a presença do ressuscitado, o sol da vida de todo ser humano. Os apóstolos também tiveram dificuldade de acreditar. Cada um teve, no encontro com o ressuscitado, a iluminação que permitiu a visão de um mundo novo. Tiveram suas vidas transformadas e anunciaram Cristo ressuscitado ao mundo todo.

O Jubileu da Redenção que está sendo celebrado neste 2025 é um tempo de passar da escuridão das coisas deste mundo para a luz que vem do Ressuscitado. As atividades recomendadas querem ser um remover a pedra do túmulo que nos impede de viver a fé verdadeiramente. A conversão, as peregrinações, a confissão, as indulgências, a prática de caridade são tempo de educar os sentidos para reconhecer o ressuscitado. É Cristo ressuscitado que remove a pedra que nos separa da vida. Só o amor tem olhos para ver a verdade. A vida cristã é viver a novidade que começa no oitavo dia, o dia da ressurreição.

 

Palavra do arcebispoPáscoaRessurreição

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

PODCAST: UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA