Artigo: Jubileu da Esperança, por Pe. Vitor Galdino Feller

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Artigo: Jubileu da Esperança, por Pe. Vitor Galdino Feller

No último mês de maio o Papa Francisco publicou a bula de proclamação do jubileu ordinário do ano 2025. Desde os anos 1300 a Igreja passou a celebrar jubileus. Primeiramente a cada período de cem anos, depois de 50 anos e, em nossos tempos, a cada 25 anos. Intitulada Spes Non Confundit (A esperança não decepciona: Rm 5,5), a bula traz as motivações bíblicas, teológicas, pastorais e místicas para a celebração do jubileu. Pondo no centro a virtude da esperança, o Papa quer despertar nos fiéis um sentido mais vivo, uma disposição mais vibrante, uma força mais animada, para enfrentar os tempos sombrios em que vivemos, quando muitas vezes vem o desespero e o desânimo.

Peregrinos da Esperança

Neste ano jubilar nós todos nos tornamos “peregrinos da esperança”, lema do jubileu. Todos esperam. Por dias melhores, pela cura de uma doença, pelo fim das guerras e da corrupção, por um emprego melhor, pela reconciliação entre as pessoas. Na vida cristã “a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (Rm 5,5). Não é uma esperança solta no ar, que aponta felicidades passageiras e ilusórias. É, na verdade, esperança firme e segura, por ser como uma âncora fincada na eternidade (Hb 6,19).

No meio das tribulações

A esperança cristã não é um mar de rosas. Ela é sempre posta à prova quando vêm os sofrimentos, as tribulações, as dificuldades. São Paulo chega a gloriar-se das tribulações, porque “a tribulação gera a perseverança, a perseverança leva a uma virtude comprovada, e a virtude comprovada desabrocha em esperança” (Rm 5,3-4). Pela virtude da esperança sabemos transformar o mal em bem, a tristeza em alegria, a morte em ressurreição.

Caminho de esperança

“A vida cristã é um caminho, que precisa também de momentos fortes para nutrir e robustecer a esperança, insubstituível companheira que permite vislumbrar a meta: o encontro com o Senhor Jesus” (SNC, 5). Os primeiros cristãos eram chamados, nos Atos dos Apóstolos, de povo do Caminho, recordando que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Ser povo do Caminho significa ser seguidor de Jesus, fazer o que ele fazia. Significa desejar, sonhar e esperar que o Reino de Deus aconteça no coração de cada ser humano, e que o Evangelho cresça e se amplie na história.

Por Pe. Vitor Galdino Feller

Publicado na edição de agosto de 2024 do Jornal da Arquidiocese, nº 314, na página 5.

Jubileu 2025Pe. Vitor Galdino Feller

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