“Alegremo-nos, porque Deus quer nos transformar com seu amor e misericórdia”.
Nem o frio de 6° C espantou as 330 pessoas que foram até o Santuário Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Angelina, no Vale das Graças, há 76 quilômetros de Florianópolis (SC), na última segunda-feira, 02 de maio. Na ocasião, elas participaram do Jubileu dos Colaboradores da Mitra, dentro da programação do Ano Santo da Misericórdia, na Arquidiocese de Florianópolis.
Colaboradores da Cúria Metropolitana, das paróquias, seminários, Tribunal Eclesiástico, ações sociais, religiosas, diáconos e padres, de 30 municípios que fazem parte da Arquidiocese, estiveram presentes. Segundo o coordenador arquidiocesano de pastoral, Pe. Revelino Seidler, “a peregrinação dos colaboradores da Mitra ao Santuário de Angelina, diferencia-se dos outros eventos pelo fato de reunir pessoas que se identificam pelo trabalho que exercem nas 71 paróquias da Arquidiocese. É um momento oportuno para fazer a experiência da misericórdia de Deus através da convivência, da oração, da celebração penitencial, do encontro com Jesus no Sacramento da Eucaristia”, define.
Após o café, o Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, deu as boas-vindas e assegurou que “viemos em peregrinação para Angelina neste Ano Santo, para entrar no espírito do Jubileu da Misericórdia”.
Na sequência da programação, o vigário geral, Pe. Vítor Feller, fez uma reflexão sobre a misericórdia. “Um jubileu para a gente praticar, essa é a insistência do Papa Francisco”, explicou. Ao falar sobre a Bula da Misericórdia, Pe. Vítor salientou que o Papa explica situações que impedem de viver a misericórdia de Deus, como o “individualismo, capitalismo, espiritismo e pelagianismo. E deixou algumas dicas para viver a misericórdia. “Ler e meditar a Palavra de Deus, voltar-se para os Sacramentos, como da Reconciliação e a Eucaristia, praticar as obras de misericórdia corporais e espirituais e ter zelo pela acolhida nos trabalhos da Mitra nas paróquias”, finalizou.
O ecônomo arquidiocesano, Pe. Leandro Rech, durante a condução da Celebração Penitencial, lembrou que “Deus se alegra com cada pessoa que se converte. Alegremo-nos, porque Deus quer nos transformar com seu amor e misericórdia. Sejamos o odor de Cristo, onde quer que estejamos”.
Para a enfermeira do Santuário de Santa Paulina e catequista da Paróquia São Virgílio, em Nova Trento, Neide Cipriani Motta, “é um momento de se encontrar com Cristo, de oração e da certeza da presença de Deus”.
Os 30 padres presentes em Angelina e o Arcebispo atenderam os colaboradores em confissão. Entre eles, Maria Goreti Kahl, auxiliar de serviços gerais da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Antônio Carlos. Ela estava há um ano sem o Sacramento da Reconciliação. “Participei da confissão comunitária na paróquia, na Semana Santa deste ano. Mas confessar individualmente é diferente, é uma forma da gente se converter, preparar-se para ser mais misericordioso com os outros. A gente se humilha diante do sacerdote e pede o perdão”.
Um dos momentos mais esperados foi a meditação da Via-Sacra conduzida pelas 13 foranias, até a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes.
Em seguida, todos passaram pela Porta Santa do Santuário, onde uma Missa, presidida pelo Arcebispo e concelebrada pelos padres, encerrou a programação do Jubileu dos colaboradores da Mitra. “Que possamos acolher cada pessoa que vem até a secretaria paroquial, que nos procura, como Cristo que vem até nós. Estar aqui com vocês é um modo de dizer o quanto são importantes para a Igreja. Nós queremos ser instrumentos da misericórdia de Deus”, concluiu o Arcebispo na homilia.