Para os fiéis leigos e leigas, o compromisso político é uma expressão qualificada da vivência do evangelho à serviço do bem comum. Diz o Papa Francisco: “o conteúdo do primeiro anúncio tem uma repercussão moral imediata, cujo centro é a caridade” (EG 177). Por isso, uma atuação cristã no mundo da política fundamenta-se nos elementos constituídos da Doutrina Social da Igreja, principalmente no princÍpio do bem comum, da participação, da solidariedade e subsidiariedade.
Os cristãos leigos no serviço à política são impelidos a serem sal da terra e luz do mundo (Mt 5, 13-14), que somente ocorrerá se no trato da coisa pública mantiverem os princípios da verdade, liberdade e justiça, sem ceder um milímetro, mostrando coerência plena com os ensinamentos do Mestre Jesus, que foi perseguido e morto pelo poder constituído de sua época.
O exercício da autoridade na política dos fiéis leigos exige um cuidado especial no âmbito das leis morais para consecução do bem comum. Nas situações políticas concretas o fiel leigo é chamado a analisar realisticamente a realidade para por em prática os princípios e os valores morais próprios da vida social. Isso exige um método de discernimento pessoal e comunitário.
Espaços políticos constituídos de exercício de poder são arenas de debates, reflexões e deliberações com impactos direitos na vida da sociedade, por isso, o magistério da Igreja elabora documentos que auxiliam estes a exercerem seus cargos com ética e retidão o serviço à política do bem comum.
Acompanhe os políticos eleitos no exercício de seus mandatos!
Por Fernando Anísio Batista
Secretário executivo da Ação Social Arquidiocesana (ASA)
Artigo publicado na edição de outubro de 2018 do Jornal da Arquidiocese, página 05.