Arquidiocese motiva famílias a rezarem o rosário

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Arquidiocese motiva famílias a rezarem o rosário

Neste tempo de pandemia a oração do rosário/terço é uma espiritualidade oportuna para meditarmos os mistérios de nossa salvação.

O Rosário é ao mesmo tempo meditação e súplica. Enquanto rezamos o Rosário, mergulhamos no mistério do Verbo Encarnado. Ao som das Ave-Marias contemplamos os principais acontecimentos da vida de Cristo. Contemplamos o rosto de Cristo em companhia de Nossa Senhora, que está a nos dizer: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5).

O Papa São João Paulo II, ao escrever a Carta Apostólica sobre o Rosário (Rosarium Virginis Mariae) como oração da família e pela família, assim expressou:

“A família que reza unida, permanece unida. O Santo Rosário, por antiga tradição, presta-se de modo particular a ser uma oração onde a família se encontra. Os seus diversos membros, precisamente ao fixarem o olhar em Jesus, recuperam também a capacidade de se olharem sempre de novo olhos nos olhos para comunicarem, solidarizarem-se, perdoarem-se mutuamente, recomeçarem com um pacto de amor renovado pelo Espírito de Deus.

Muitos problemas das famílias contemporâneas, sobretudo nas sociedades economicamente evoluídas, derivam do facto de ser cada vez mais difícil comunicar. Não conseguem estar juntos, e os raros momentos para isso acabam infelizmente absorvidos pelas imagens duma televisão. Retomar a recitação do Rosário em família significa inserir na vida diária imagens bem diferentes – as do mistério que salva: a imagem do Redentor, a imagem de sua Mãe Santíssima. A família, que reza unida o Rosário, reproduz em certa medida o clima da casa de Nazaré: põe-se Jesus no centro, partilham-se com Ele alegrias e sofrimentos, colocam-se nas suas mãos necessidades e projetos, e d’Ele se recebe a esperança e a força para o caminho”.

Mistérios da alegria (gozosos) (segundas-feiras e sábados)

1. A Anunciação do anjo Gabriel a Nossa Senhora (Lc 1,26-38).

2. A visita de Nossa Senhora à sua prima Isabel (Lc 1,39-56).

3. O nascimento de Jesus em Belém (Lc 2,1-20).

4. A apresentação de Jesus no Templo (Lc 2,22-38).

5. A perda e o encontro de Jesus no Templo (Lc 2,41-50).

Alegria que irradia do acontecimento da encarnação. A saudação do Anjo Gabriel à Virgem Maria convida à alegria: “Alegra-te, Maria! Ave! Maria!”. Neste itinerário de alegria aparece a cena do encontro de Maria com Isabel, onde a voz de Maria e a presença de Cristo em seu ventre fazem João Batista saltar de alegria. Cheia de alegria é a Cena do nascimento do Deus-menino, o salvador do mundo. Embora conservando o sabor da alegria, os dois mistérios seguintes já antecipam os sinais do drama. Contemplamos a alegria de Simeão, mas também a profecia do sinal de contradição que o Menino será para Israel e da espada que transpassará a alma da Mãe. Aflição e angústia de José e Maria com a perda, mas a alegria do reencontro do Menino no Templo junto aos doutores.

Mistérios da luz – Vida Pública (luminosos) (quintas-feiras)

1. O Batismo de Jesus no Rio Jordão (Mt 3,13-17).

2. Nas bodas de Caná, Jesus transforma água em vinho (Jo 2,1-11).

3. O anúncio do Reino de Deus e o convite à conversão (Mc 1,14-15).

4. A transfiguração de Jesus no Monte Tabor (Mc 9,2-8).

5. Última ceia e a instituição da Eucaristia (Mt 26,26-29).

Todo o Mistério de Cristo é luz. Ele é a “luz do mundo” (Jo 8,12). Quando Jesus desce às aguas do Rio Jordão, o céu se abre e ouve-se a voz do Pai que o proclama Filho amado. É luz o início dos sinais em Caná, quando Cristo, transformando a água em vinho, abre à fé o coração dos discípulos, graças à intervenção de Maria. Mistério de Luz é o anúncio do Reino de Deus e convite à conversão inaugurando o ministério da misericórdia. Luminosa é a transfiguração onde a glória da Divindade brilha no rosto de Cristo, enquanto a voz do Pai recomenda aos Apóstolos que o escutem. Finalmente, Mistério de Luz é a Instituição da Eucaristia, na qual Jesus se faz alimento, testemunhando até o fim seu amor pela humanidade, por cuja salvação ele se oferece em sacrifício.

Mistérios da dor (dolorosos) (terças e sextas-feiras)

1. A agonia de Jesus no Horto das Oliveiras (Lc 22,39-46).

2. A flagelação de Jesus (Mt 27,26).

3. A coroação de espinhos (Mt 27,27-31).

4. Jesus com a cruz às costas a caminho do Calvário (Lc 23,26-32).

5. A crucifixão e morte de Jesus (Lc 23,33-46).

Máximo da revelação do amor e fonte de nossa salvação. Abre-se com o Getsêmani, onde Cristo diz ao Pai: “Não se faça a minha vontade, mas a tua”. É o seu sim pela salvação do mundo. Este seu sim manifesta-se e aprofunda-se nos mistérios seguintes, nos quais, através da flagelação, a coroação de espinhos, a subida ao Calvário, a morte na cruz, ele é lançado no maior desprezo. Os mistérios da dor levam o cristão a reviver a morte de Jesus, pondo-se aos pés da cruz junto de Maria, para com ela mergulhar no abismo do amor de Deus pelo ser humano e sentir toda a sua força regeneradora.

Mistérios da glória (gloriosos) (quartas-feiras e domingos)

1. A ressurreição de Jesus (Lc 24).

2. A ascensão de Jesus ao céu (Lc 24,51-52).

3. A descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos (At 2,1-13).

4. A assunção de Maria ao céu (cf. Ef 1,4).

5. A coroação de Maria como Rainha do Céu e da terra(cf. Ap 12,1).

A contemplação do rosto de Cristo não pode deter-se na imagem do Crucificado. Ele é o Ressuscitado. Contemplando o Ressuscitado, o cristão redescobre as razões da própria fé. Segue a ascensão, a subida de Cristo ao Céu onde está à direita do Pai. No centro desse itinerário de glória da Mãe e do Filho está Pentecostes. Este terceiro mistério glorioso mostra o rosto da Igreja como família reunida com Maria, fortalecida pela poderosa força do Espírito Santo, pronta para a missão. No quarto mistério contemplamos Maria elevada com a assunção, chegando, por especialíssimo privilégio, a antecipar o destino reservado a todos os justos com a ressurreição da carne. Enfim, coroada de glória – como aparece no último mistério glorioso –, ela resplandece como rainha dos anjos e dos santos, antecipação e ponto culminante da condição escatológica da Igreja.

Oração do Terço:

1. Inicia-se com o Creio em Deus Pai…

2. Segue 1 Pai Nosso,  3 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai…

3. Anunciar o mistério a meditar.

4.  Recitar o Pai-Nosso e as dez Ave-Marias correspondentes ao mistério.

5. Terminar a recitação do mistério com: “Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém!”

6. Após o Glória podem-se rezar as jaculatórias seguintes:

*  “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

 * “Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas todas para o Céu, e socorrei principalmente as que mais precisarem”.

7. Após rezar o quinto ou último mistério, reza-se a Salve Rainha.O texto acima está baseado na Carta apostólica do Papa João Paulo II Rosarium Virginis Mariae.

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