A tragédia de Brumadinho causou perplexidade no mundo inteiro. Dar respostas concretas diante do tamanho dessa tragédia é uma missão quase impossível, se não fosse a fé e a solidariedade de muitas pessoas.
Desde a tragédia ocorrida em 25 de janeiro, muitas pessoas se colocaram a serviço buscando minimizar a dor e o sofrimento dos que perderam tudo e não têm forças para recomeçar sozinhos. A Igreja Católica está presente nesta chaga, buscando confortar suas vítimas. Muitas ações de atendimento material estão em curso pela Arquidiocese de Belo Horizonte e outras entidades da Igreja Católica, mas é principalmente nas ações de conforto espiritual junto às vítimas, que Cristo se faz presente neste flagelo.
Um pequeno grupo da Comunidade Católica Shalom se faz presente no ponto de apoio do IML (instituto Médico Legal), em todos os turnos, para intercessão, acolhida e aconselhamento. Num depoimento, uma jovem do grupo ressaltou: “percebemos assim a providência que Deus nos dá de chorar com os que choram de maneira bem concreta e sermos ministros da paz naquele lugar”.
Na Paróquia de Brumadinho acontece a Vigília da Solidariedade, dedicada às vítimas da tragédia humana e ambiental, com missa, terço da Divina Misericórdia, caminhadas e homenagens aos agentes envolvidos no resgate às vítimas.
Por todo o Brasil, multiplicam-se correntes de orações e solidariedade que chegam de diferentes formas aos atingidos. Que cada pessoa possa dar sua contribuição neste processo de resgate das vidas interrompidas pelo rompimento da barragem, que transformou Brumadinho num “vale” de lágrimas.
Por Fernando Anísio Batista
Secretário Executivo da Ação Social da Arquidiocese
Matéria publicada no Jornal da Arquidiocese, edição 254, fevereiro de 2019, página 5