Contemplando o Coração de Jesus aprendemos que o ‘coração’ leva a olhar para a humanidade de Jesus, como Verbo feito carne e que veio habitar entre nós (Jo 1,14). Nos seus gestos, pode-se contemplar a solicitude de Deus pela humanidade, a sua proximidade a toda a pessoa, a prioridade da atenção aos mais pequenos, a fidelidade do amor, mesmo perante a recusa, o sofrimento e a morte. O Coração de Cristo exemplifica, de forma humana, o imperecível amor de Deus para com a sua criatura predileta, o ser humano, mas é, ao mesmo tempo, expressão do melhor que o ser humano pode ser, nas relações com os outros e com o Criador” (Carta do superior geral, Pe. José Ornelas de Carvalho, para a festa do SCJ, 13 de maio de 2010).
Estamos na escola do seu Coração, onde ele nos ensina quando diz em Mateus 11,29: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Nesta escola aprendemos que o Coração de Jesus é como o Bom Pastor (Jo 10,1-10), que conhece, cuida, conduz e dá a vida pelas suas ovelhas; e é como a videira e os ramos (Jo 15,1-8) e por isso nos convida a permanecer no seu amor (Jo 15,9). Nela somos conduzidos à cruz para olhar aquele que transpassaram (Jo 19,37) e, vendo sair sangue e água (Jo 19,34), contemplar a força do amor que é capaz de dar a vida por seus amigos (Jo 15,13), e receber a força do Espírito Santo que nos ensina e recorda tudo (Jo 14,26).
Nesta escola do Coração de Jesus se realiza a profecia de Ezequiel 36,26-27: “Eu vos darei um coração novo e porei em vós um espírito novo; tirarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne. Infundirei em vós o meu Espírito e vos farei caminhar segundo as minhas leis, guardar e praticar os meus costumes”.
Pe. Diomar Romaniv, SCJ
Pároco da Paróquia São Luís Gonzaga, em Brusque
Reportagem publicada na edição de junho de 2020 do Jornal da Arquidiocese, página 8.