A conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou na manhã desta quarta-feira, 26, a 55ª Assembleia Geral dos Bispos (AG). O encontro anual do episcopado nacional acontecerá em Aparecida (SP), até o dia 5 de maio, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida. Além do arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, estão presentes mais de 360 bispos de todo o Brasil.
A programação da 55ª AG será bem ampla e abordará questões de suma importância para a Igreja do Brasil, como a temática da iniciação cristã e assuntos do momento nacional brasileiro.
Durante a celebração de abertura, o presidente da CNBB e arcebispo de Brasília, Cardeal Sérgio da Rocha, pediu oração da Igreja em todo o Brasil pela assembleia e comentou sobre os inúmeros desafios. “As dificuldades não devem jamais impedir o anúncio da Palavra de Deus, o cumprimento fiel da Ação Evangelizadora da Igreja, pois ninguém pode aprisionar a Palavra de Deus. Pelo Contrário são incentivo, porque a certeza do amor de Deus nos anima na missão bonita e exigente de Evangelizar e levar esperança aqueles que mais sofrem com a crise política e econômica”.
O Cardeal também citou palavras do Papa Francisco quando esteve em Aparecida: “Jamais perder a esperança e deixar-se surpreender por Deus”. Também refletiu que neste Ano Mariano somos chamados a refazer a experiência dos três pescadores que encontraram Aparecida nas águas e deixaram-se surpreender por Deus.
Em sua reflexão condenou duramente a corrupção, mas também alertou que não podemos tolerar e reproduzir atos aparentemente pequenos de infidelidade e corrupção no dia a dia. “Nós rejeitamos a perda de direitos dos pobres e pequenos nas iniciativas políticas, não podemos aceitar a falta de respeito a vida e a dignidade das pessoas, repudiamos as violações da vida, como o aborto, mas não podemos ficar indiferentes as violações sofridas ao longo da vida pelos pobres e fragilizados. Seja acompanhado da busca da paz, jamais cedendo a agressividade em Palavras ou atos. Vivemos numa época marcada pela violência”, orientou.
Ele finalizou aconselhando-nos a crer na Vitória do amor sobre o ódio, da misericórdia sobre a vingança, da paz sobre a violência, do perdão sobre o ressentimento, da vida sobre a morte. “Nós cremos no poder do amor misericordioso. Lembrando os 10 anos da Conferência de Aparecida, vamos redobrar o empenho para ser uma Igreja misericordiosa”, finalizou.
São diversos outros temas importantes na agenda da assembleia, como, comemoração dos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida e o Ano Nacional Mariano, que teve início dia 12 de outubro de 2016, concluindo-se aos 11 de outubro de 2017 e as comemorações do Jubileu de 100 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima etc.
Iniciação à Vida Cristã é o tema central da Assembleia Geral dos bispos
O Jornal da Arquidiocese da edição de abril, publicou uma matéria escrita por Pe. Márcio Martins Rosa, assessor diocesano o para Animação Bíblico Catequética de Caçador, sobre Assembleia Geral dos Bispos. O Padre falou citou que o tema principal do encontro será a Iniciação à Vida Cristã (IVC).
A resposta é um movimento de volta às fontes. Uma rica experiência dos primórdios da Igreja está sendo revalorizada: o catecumenato primitivo. Existe também um amplo acervo documental relativo à transmissão da fé. Nesse interim, a inspiração para o novo modelo está no Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA). Solicitação do Concílio, além de ritual, descreve o caminho mistagógico catequético a ser percorrido pelo iniciante.
Espera-se que a Assembleia Geral dê indicações efetivas às dioceses no assumir a IVC. Alguns pontos fundamentais precisarão ser garantidos, tais como: a catequese querigmática e mistagógica; a recuperação da unidade dos sacramentos da iniciação cristã, com a possível revisão da ordem dos mesmos (Batismo, Crisma, Eucaristia); o envolvimento de toda a comunidade no caminho de iniciação; o uso adequado das Sagradas Escrituras, com o método da Leitura Orante; a união entre catequese e liturgia; a formação dos catequistas e demais agentes; a atenção às diferentes situações e contextos, especialmente os adultos.
A Igreja no Brasil reconhece na Iniciação à Vida Cristã uma das chaves para a conversão pastoral e sua consequente saída missionária. Não haverá cristãos maduros na fé enquanto não se assumir um robusto processo de IVC. A Assembleia Geral aponta nessa direção.
Por A12