“Ouso dizer que estamos presentes desde o início, porque desde a época de São Francisco estamos presentes na Síria. Depois houve momentos em que estivemos mais presentes e momentos em que estivemos menos presentes.”
Nas palavras de Fr. Massimo Fusarelli, Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, e de Fr. Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, os desafios da missão na Síria: uma comunidade marcada por guerras e terremotos.
Fr. MASSIMO FUSARELLI, ofm – Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores
“Nestes dias na Síria pude perceber pessoalmente a situação desta terra, tinha conhecimento pelos noticiários, lia, via imagens, mas ver, atravessar os lugares, conversar com as pessoas e com os nossos frade é outra coisa. Eu vi uma terra muito bonita, muito rica, com muito potencial mas tambémn uma terra muito ferida pela guerra, pelo terremoto, por tudo o que aconteceu. Ao mesmo tempo, porém, pessoas com muita dignidade e com muita determinação. Certamente, mesmo com tanto esforço para permanecer nesta terra, eu diria que há muitas situações e sentimentos diversos e misturados”.
“E finalmente posso dizer que antes de vir para a Síria passei dois dias no Líbano, uma situação diferente, mas mesmo lá eu vi o trabalho dos frades. Eles estão próximos das comunidades e tentam dar esperança. Deus é maior que qualquer destruição, que qualquer poder humano e será capaz de dar a paz a estas pessoas”.
Também Fr. Francesco Patton visitou os frades da Custódia e as comunidades em grandes dificuldades
“Digamos que nos últimos meses houve, certamente, um forte empenho por parte dos nossos frades em ajudar as pessoas nos vilarejos, inclusive na reconstrução das suas casas. Lá em Alepo o esforço foi também para ajudá-los a voltar para casa e também a encontrar um pouco de serenidade. No entanto, é muito difícil porque a situação econômica é muito trágica. Eu diria que muitas pessoas ainda sentem vontade de sair, não têm vontade de continuar no país.”
Os momentos de encorajamento para a comunidade cristã.
“A consagração episcopal do Padre Hanna foi um momento de celebração, na minha opinião extraordinário, e o que mais me impressionou foi ver como as pessoas se reconheciam no Bispo. Ou seja, ver que as pessoas se sentiam representadas por este confrade que sempre permaneceu ali no seu lugar, ao lado do seu rebanho, ao lado dos seus fiéis e que arriscou a vida por eles”.
“E depois, devo dizer, também apreciei muito a homilia do Cardeal Gugerotti, Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, que proferiu palavras muito fortes de condenação para aqueles que estão por trás das guerras e aqueles que continuam a deixar as populações civis passando fome, que colocam as populações civis em dificuldades através de guerras, de embargos, sanções que penalizam os mais pobres”.
Nas Palavras do Custódio da Terra Santa também os melhores votos por ocasião da Festa de São Francisco.
“A esperança que naturalmente lanço por ocasião da festa de São Francisco é que todos nós, como Francisco, possamos redescobrir o quanto o Evangelho dá sentido, sabor, orientação às nossas vidas e o quanto através do Evangelho podemos realmente encontrar-nos, ouvir, seguir Jesus Cristo e através d’Ele, junto com Ele, percorrer o caminho da nossa vida para então alcançar a meta que é a vida eterna, a comunhão com Deus”.
Texto: Vatican News