“A existência dos seres espirituais, não-corporais, a que a Sagrada Escritura habitualmente chama anjos, é uma verdade de fé”[1] e, portanto, não se encontra no âmbito das hipóteses ou opiniões teológicas.
Alguns desses anjos, criados bons por Deus, liderados por Satanás, também chamado Diabo, “radical e irrevogavelmente recusaram Deus e o seu Reino”[2], e, portanto, deve-se afirmar que “de fato, o Diabo e os outros demônios foram por Deus criados naturalmente bons; mas eles, por si próprios, é que se fizeram maus”[3]. Os demônios “esforçam-se por associar o homem à sua rebelião contra Deus”[4] por induzir o homem ao pecado mortal o qual “tem como consequência a perda da caridade e a privação da graça santificante, ou seja, do estado de graça. E se não for resgatado pelo arrependimento e pelo perdão de Deus, originará a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no Inferno”[5].
Como se tal não bastasse, há que ter presente que “a maléfica e adversa ação do Diabo e dos demônios afeta pessoas, coisas e lugares, manifestando-se de diversos modos”[6]. Fato este, que os sacerdotes exorcistas, infelizmente, constatam com frequência.
Na realidade, “um duro combate contra os poderes das trevas atravessa, com efeito, toda a história humana; começou no princípio do mundo e, segundo a palavra do Senhor (cf. Mt 24,13; 13,24-30.36-43), durará até ao último dia”[7].
Notas:
1. Catecismo da Igreja Católica, n. 328.
2. Catecismo da Igreja Católica, n. 391.
3. CONCÍLIO DE LATRÃO IV, cap. 1, De fide catholica: DH 800.
4. Ritual Romano. Rito dos exorcismos, Proémio.
5. Catecismo da Igreja Católica, n. 1861.
6. Ritual Romano. Rito dos exorcismos, Proémio.
7. CONCÍLIO VATICANO II, Gaudium et spes, n. 37.
Por: Pe. Pedro Paulo Alexandre