Palavra do Arcebispo: Família “Amoris Laetitia”

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Palavra do Arcebispo: Família “Amoris Laetitia”

O Papa Francisco pede que se faça do ano de 2021 um ano de revitalização dos conteúdos da exortação pós-sinodal “Amoris Laetitia”. É preciso que os ensinamentos deste documento não caiam no esquecimento. Há um grande interesse do Papa de que a família tenha o destaque que merece na vida da sociedade.

Para que um homem e uma mulher consigam construir uma família estável é necessário que ambos tenham adquirido a vivência de alguns valores que confiram maturidade de vida. O desenvolvimento humano rumo à maturidade acontece em estágios. É possível distinguir o período da infância, da juventude, da vida adulta. Estes estágios acontecem em um processo de sair de si, de deixar alguns comportamentos e de adquirir outras atitudes mais consistentes. Desta forma se adquire a maturidade necessária para assumir a construção de uma família.

Espera-se que o casamento aconteça entre um homem e uma mulher maduros. Sendo que o processo de maturidade leva em conta todas as dimensões da pessoa. A pessoa madura é aquela que sabe manter um relacionamento respeitoso, construtivo e estável. É capaz de sustentar-se na vida, manter uma vida profissional. Espera-se também que tenha disposição de assumir papéis na sociedade, e de contribuir para o bem comum. Vive na convicção de que sua presença e seu trabalho são importantes para a comunidade. A pessoa matura tem razoável condição de compreender o que está acontecendo na sua comunidade e nos seu país.

Outro fator importante é a dimensão religiosa. Os valores religiosos são os mais profundos, dão uma maior capacidade integradora de todas as dimensões humanas. Por esta razão são fundamentais na construção da vida familiar. Os valores religiosos são mais exigentes, mas dão mais consistência ao viver. Ultrapassam as vantagens do amor material tão propagado pelos meios de comunicação. Este amor não é capaz de garantir uma união duradoura. O amor que sustenta um matrimônio é aquele que é capaz de sofrer pelo outro, que não se abala com as tribulações do dia a dia. Dessa forma o homem e a mulher maduros aprenderão a se tornar esposo e esposa.

Por Dom Wilson Tadeu Jönck, SCJ
Arcebispo de Florianópolis

Artigo publicado na edição de agosto do Jornal da Arquidiocese, página 2.

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