No mês de maio do Ano da Misericórdia somos convidados a refletir sobre a maternidade de nossas mães, nas quais se reflete a ternura, a bondade e compaixão de Deus-Pai.
A Mãe de misericórdia
Na bula do Ano da Misericórdia, o Papa Francisco nos pede para redescobrir em Maria a misericórdia de Deus. “Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne”. Ela “entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu amor”. Ela “guardou, no seu coração, a misericórdia divina em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus”. Dedicou o Magnificat à infinita misericórdia divina. Aos pés da cruz, testemunhou o perdão do Crucificado aos assassinos. “Maria atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém” (MV, 24).
O rosto materno de Deus
Depois de Jesus e em profunda relação com ele, Maria é a expressão humana mais sublime da ternura de Deus. Ela revela o rosto materno e misericordioso de Deus. Por isso, na Salve Rainha, pedimos a ela “que nunca se canse de volver para nós seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus” (MV, 24).
A alegria da maternidade
No rosto alegre de cada mãe também resplandece a misericórdia de Deus. Na exortação Amoris Laetitia sobre o amor na família, o Papa Francisco lembra: “A mãe colabora com Deus, para que se verifique o milagre de uma nova vida”. Cada mãe (e cada pai) “participa do mistério da criação, que se renova na geração humana” (AL, 168). A maternidade implica sacrifícios, mas carrega consigo a felicidade de ter um filho. Na sua despedida, Jesus consola os discípulos com esta comparação: “A mulher, quando vai dar à luz, fica angustiada, porque chegou a sua hora. Mas depois que a criança nasceu, já não se lembra mais das dores, na alegria de um ser humano ter vindo ao mundo” (Jo 16,21). Por isso, o Papa pede a cada mãe: “Cuida da tua alegria, que nada tire a alegria interior da tua maternidade. Tua criança merece a tua alegria. (…) Vive, com entusiasmo, no meio dos teus incômodos e pede ao Senhor que guarde a tua alegria para poderes transmiti-la a teu filho” (AL, 171).
Artigo publicado na edição de maio/2016, nº 223, do Jornal da Arquidiocese.