Cada vez mais a Igreja abre as portas para a atuação leiga. Da mesma forma, há necessidade de ter por parte do leigo um discernimento do papel que deve exercer na Igreja e na sociedade. Ao leigo foi confiado a tarefa de ser presença no mundo como membro do corpo de Cristo que é a Igreja, povo santo de Deus.
A responsabilidade laical nasce no batismo e da sua Confirmação. É no batismo que a pessoa torna-se sujeito da evangelização, integrando o povo de Deus, membro da Igreja, colocando-se a serviço da vida e da esperança, como peregrino e evangelizador, numa que não pode ser acomodada, mas audaz e missionária: “um só é, pois, o povo de Deus, uma só fé, um só Batismo” (Ef 4,5).
Os cristãos leigos são portadores da graça batismal, participantes do sacerdócio comum, fundado no único sacerdócio de Cristo. Nesse sacerdócio se baseia a fraternidade, a irmandade, a dignidade de todos na Igreja enquanto única família de Deus, recebem, pois, o caráter sacramental que os diferencia dos não batizados.
A busca pela santidade na atualidade passa necessariamente pelo desejo profundo de unidade. Todos são chamados a testemunhar, na diversidade, a admirável unidade do corpo místico de Cristo: a própria diversidade de graças, ministérios e atividades, consagra em unidade os filhos de Deus, porque “um só e o mesmo é o Espirito que opera todas as coisas (1Cor 12,11).
Os cristãos leigos, homens e mulheres, são chamados antes de tudo, à santidade. São interpelados a viver a santidade no mundo. Os cristãos leigos e leigas se santificam de forma peculiar na sua inserção nas realidades temporais, na sua participação nas atividades terrenas. Santificam-se no cotidiano, na vida familiar, profissional e social. Os santos movem o mundo, O horizonte que deve tender todo o caminho pastoral é a santidade.
Publicado na edição de março/2017, nº 232, do Jornal da Arquidiocese.