Lectio (leitura)
Disse Jesus: “‘Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele’” (Jo 6,54-56).
Meditatio (meditação)
Depois de saciar a fome do povo através do sinal da multiplicação dos pães, Jesus faz um belo e profundo discurso sobre o pão da vida. Cristo se revela como “o pão vivo descido do céu” (Jo 6,51), dom salutar entregue a nós pelo Pai. O pão que Jesus nos oferece é sua própria carne dada como alimento; seu sangue redentor é verdadeira bebida. Carne e sague remetem à totalidade de sua pessoa. Para ter vida, e vida em abundância, é preciso se alimentar do Cristo. Nutridos pela sua presença real no banquete eucarístico, memorial de sua paixão, morte e ressurreição, nos unimos a Cristo: permanecemos nele e Ele permanece em nós (Jo 6,56). Comungando do Corpo e Sangue do Senhor, também nós formamos um só corpo por meio do seu Espírito. Mistério de nossa fé, a Eucaristia, antecipação das alegrias celestes, é a certeza de que Jesus permanece conosco para sempre.
Oratio (oração)
“Bom pastor, pão de verdade, piedade, ó Jesus, piedade, conservai-nos na unidade, extingui nossa orfandade, transformai-nos para o Pai” (Sequência da Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo).
Contemplatio (contemplação)
Convidados para a Ceia do Senhor, contemplemos o Cristo presente nas espécies do pão e do vinho consagrados.
Missio (missão)
Somos uma Igreja que vive da Eucaristia. Peregrinos neste mundo, necessitamos do alimento que nos nutre em nossa jornada. Cristo, pão descido do céu, é nosso viático, o sustento dos viajantes. Como discípulos missionários do Senhor, temos a tarefa de partilhar o pão de cada dia com os mais necessitados. Mas como não vivemos apenas do pão que perece, é preciso apresentar ao mundo o Pão que nos dá a vida em plenitude: o Cristo nos sinais de sua Palavra e de seu Corpo e Sangue. Peçamos ao Pai que nunca nos falte deste pão.
Por Pe. Wellington Cristiano da Silva
Artigo publicado na edição nº 235 do Jornal da Arquidiocese
Junho de 2017