“Mas Tomé disse-lhes: ‘Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei’” (Jo 20,25).
Meditatio (meditação)
Na primeira aparição do Ressuscitado aos seus discípulos, Tomé não estava presente. O testemunho de seus companheiros não é ainda capaz de convencê-lo que o Senhor venceu a morte. Tomé precisará fazer a experiência do toque da fé para reconhecer que o Crucificado está vivo e atuante na comunidade de discípulos. Estar em comunhão com os irmãos de caminhada será fundamental para o seu despertar na fé. A comunidade é o lugar em que recebemos, professamos e alimentamos a nossa fé. As dúvidas e os questionamentos de Tomé representam também nossas interrogações. Temos dificuldades de crer. Assim como Tomé, vamos crescendo na fé, dando um passo após o outro, a ponto de professarmos: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28). Neste peregrinar na fé, o Senhor se manifesta a nós e revela o seu amor.
Oratio (oração)
Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé!
Contemplatio (contemplação)
No sinal das chagas de Jesus contemplamos a profundidade do amor de Deus. Com os olhos da fé, façamos a experiência da bem-aventurança: “Bem-aventurados os que creram sem terem visto” (Jo 20,29)!
Missio (missão)
É preciso estar na comunidade para reconhecer a presença do Ressuscitado. Fora da comunhão eclesial, somos cegos à manifestação de Deus. Crer nas testemunhas de Jesus é professar a fé no Cristo vivo que presente está em nosso meio. Vencendo nossas incredulidades, estaremos dispostos a viver a fé que recebemos como dom. Nossa missão consiste em transmitir a fé recebida na comunidade. A fé nos aproximará de Deus e nos impulsionará a tocar e curar as chagas de tantos irmãos e irmãs feridos pelo caminho.
Por Pe. Wellington Cristiano da Silva
Artigo publicado na edição de abril/2018, nº 244, do Jornal da Arquidiocese, página 08.