Depois de três meses vivendo em reclusão e procurando administrar um tempo dominado por uma epidemia de coronavírus, é possível tirar algumas conclusões a partir do que se ouviu e viveu.
Em primeiro lugar, é bom que se diga que o vírus é uma realidade na vida do ser humano. Mas sempre que aparece um novo vírus pode haver um grande número de mortes até que o corpo organize suas defesas para enfrentá-lo. Se comparado a outros, o novo coronavírus é fraco. Todavia, pode ser letal, sobretudo para pessoas com baixa imunidade.
Outro aspecto é que os sintomas podem aparecer quase duas semanas depois que a pessoa tiver sido infectada. Mesmo não aparecendo os sintomas, a pessoa infectada já é uma transmissora. No combate ao vírus procura-se intervir na propagação. E as medidas principais são o distanciamento social, a higienização das mãos e o uso de máscaras. Localizar os infectados é fundamental para que possam ser monitorados e tratados. Para isso, os testes são muito importantes.
Quando chega a infeccionar os pulmões causando problemas ao aparelho respiratório é preciso o uso de respiradores. É a fase crítica. Mas antes disso o paciente pode ser tratado com remédios. Há uma dezena deles que o médico saberá indicar. Mas enquanto não se descobrir uma vacina contra o vírus, ele permanecerá infectando pessoas. Será nosso companheiro de viagem.
Como a realidade é de epidemia, as autoridades sanitárias procuram administrar dois aspectos. O primeiro é evitar que um grande número se infeccione ao mesmo tempo. Isto colocaria o sistema de saúde em colapso e consequentemente causaria um elevado número de óbitos. Conseguem fazer isto através da reclusão social, mas estas medidas prolongam o tempo de vigência da pandemia. Por outro lado, não paralisa o setor produtivo da sociedade.
Em tempo de pandemia, há lugar para os espertalhões. Para se enfrentar um momento de pandemia se declara estado de emergência, que possibilita ao governante tomar decisões sem passar por todos os controles normais. É aí que abutres de plantão atacaram. Convenceram o governo a adquirir, às pressas, um número de ventiladores por um preço absurdo, e de que era necessário a construção de um hospital de campanha.
Na vida da diocese, dois setores se destacaram. O primeiro foi o socorro aos necessitados. É digno de louvor o empenho dos grupos para recolher alimentos e roupas para os necessitados. Praticamente em todas as paróquias houve um esforço para ajudar os menos favorecidos. O outro setor foi o da comunicação. Os grupos da PASCOM garantiram a transmissão das celebrações nas paróquias. Também as plataformas online permitiram as reuniões durante o tempo de pandemia.
O tempo de limitação da movimentação permite refletir sobre a caminhada pessoal e das comunidades. Se colocamos em Deus as nossas angústias e sofrimentos podemos sempre esperar uma transformação para melhor em nossa vida. É assim que alimentamos nossa esperança.