O cuidado com a vida é um dever de todo ser humano, constituindo-se uma tarefa comunitária, próprio de quem deseja viver em sociedade. Esse cuidado faz-se mais necessário quando a vida está ameaçada. É justamente neste momento que a vida deve ser mais defendida, “propus a vida e a morte; escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
A Doutrina Social da Igreja indica o princípio da subsidiariedade quando há necessidade de auxílio ou intervenção de instâncias superiores quando, as instâncias inferiores são incapazes de resolver os problemas sem o auxílio superior. Mas na prática, nem sempre isso acontece. Muitas vezes, os próprios indefesos, são desprotegidos daqueles que deveriam lhes proteger.
Neste mês de outubro, a defesa dos indefesos deve ter uma atenção e atuação especial de todos os cristãos comprometidos com o evangelho da vida.
As eleições para os conselheiros tutelares ocorridas no dia 01 de outubro em todos os municípios do país, contou com a participação de muitas lideranças da Igreja que se colocaram no pleito para assumir essa grande missão de garantir os direitos das crianças e adolescentes, indefesos de nossa sociedade.
O fim do Marco Temporal representa também uma grande vitória em favor da vida, na proteção do meio ambiente e na garantia de vida aos povos originários do país, que na maioria das vezes são os principais guardiões da nossas florias e biodiversidade.
A inclusão na pauta do Supremo Tribunal Federal da ADPF 442 que pleiteia a possibilidade de aborto legal até a 12ª semana de gestação, clama novamente um posicionamento em favor da vida, desde sua concepção até a morte natural. Que nos unamos sempre como Igreja e como sociedade na defesa integral da vida, em todas suas dimensões, sendo a voz daqueles dos indefesos.