No dia 27 de janeiro na Paróquia Divino Espírito Santo, em Camboriú, foi realizado o envio missionário de dois presbíteros da Arquidiocese: Pe. Lúcio Espíndola Santos e Pe. Josemar Silva. O Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck presidiu a Celebração Eucarística deste envio missionário.
Na homilia, Dom Wilson ressaltou que quando uma paróquia recebe um missionário, ela é beneficiada. Quando um filho da Arquidiocese e de toda a igreja de Santa Catarina é enviado em missão, todos somos envolvidos, pois trabalhamos na comunhão dos santos, na graça de Deus. O fato de termos um missionário lá também se reverte em graças para toda a nossa Igreja Particular. Pe. Lúcio irá colaborar em terras amazônicas, na missão assumida pela Arquidiocese, uma Igreja que é necessitada da presença de sacerdotes. Isso nos enche de alegria. Missão é um encargo, compromisso que nós recebemos, não na mentalidade de quem está com o maior contigente, pois o missionário vai fazer aquilo que Cristo veio fazer no mundo: anunciar o Evangelho e dar sua vida para salvar a humanidade. Essa é a mesma missão que todo cristão assume.
Pe. Lúcio segue para o Amapá dando continuidade ao trabalho missionário, onde de Pe. Josemar e Pe. Luiz Fraga. Desde 2015 a Arquidiocese mantém um presbítero na missão no Amapá.
Pe. Josemar é o primeiro missionário do Regional Sul4 que dará início ao Projeto Igrejas Irmãs do Regional Sul 4 na Arquidiocese de Nampula, em Moçambique na África. Este projeto foi construído em parceria com o Regional Sul 3, que está em Nampula há mais de 25 anos, e o Sul 4 assumirá uma de suas duas paróquias, em Larde. Durante um tempo Pe. Josemar estará sendo acolhido pelo Regional Sul3, na missão em Moma.
Os dois missionários receberam os símbolos do povo da terra onde estarão em missão, Pe.Lúcio recebeu a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, mãe amada do povo do norte do país. Pe. Josemar recebeu a capulana, pano que é símbolo do povo moçambicano, uma veste que envolve o corpo no nascimento, cobre o corpo ao ser sepultado, é pano que se torna toalha do altar.
Na missa de envio estavam presentes o Pe. Antônio Madeira, secretário do Regional Sul4 representando o Presidente da CNBB Sul4 Dom Odelir José Magri; Angelo Fiori, coordenador do Conselho Missionário Regional- COMIRE; Pe. Iseldo Scherer coordenador do Conselho Missionário Arquidiocesano- COMIDI.
Dom Wilson deu a bênção de envio aos missionários, e a cada um foi entregue a Palavra e Deus e a Cruz. “Pela Cruz fomos salvos, é esta mesma cruz que eles vão anunciar, muitas vezes também vão carregar a cruz como o próprio Cristo carregou. Por isso entregamos esta cruz em nome de Cristo, e em nome dele eles partem em missão”, disse Dom Wilson.
Dom Wilson entregou a Bíblia: ” A Palavra de Deus que eles levarão é a mesma Palavra que Cristo anunciou, será instrumento que se fará vida. Ide e anunciai a glória do Senhor entre as nações. Que Deus lhes conceda toda a disposição e coragem de anunciar a fé cristã, que Cristo esteja presente na vida e nas comunidades que vocês servirem. Partam com fé e alegria, estamos muito contentes com a disponibilidade e generosidade de vocês”.
Pe. Antônio Madera proferiu uma palavra em nome da presidência da CNBB Sul 4, Dom Odelir José Magri: “em nossos corações faz eco ainda hoje o mandato de Jesus: Ide fazei discípulos meus todos os povos. Pe. Josemar, sua presença naquela Igreja local, sua paixão e testemunho missionário será certamente de ajuda para os passos que ainda devemos fazer em nossas Igrejas Particulares em Santa Catarina e no amadurecimento deste projeto missionário. Nossa gratidão às Igrejas do Regional, ao COMIRE, à Arquidiocese de Florianópolis, por liberar você para mais esta etapa do projeto de missão além-fronteiras, e também ao Regional Sul 3 por nos ajudar neste processo, em vista de assumirmos um projeto específico de nosso Regional.
Angelo Fiori, coordenador do COMIRE, leu a mensagem de D. Adilson Busin, presidente do COMIRE Sul 4 disse: “Hoje é um dia especial para nossa Igreja missionária de Santa Catarina. À Arquidiocese de Florianópolis, nosso obrigado por enviar seus padres em missão. Ao Pe. Josemar gratidão pelo seu sim. Conte com nossa prece e retaguarda de apoio na missão. Deus abençoe vocês, torne frutífera sua presença em terras africanas, Maria seja a mãe presente e ajude a guardar os mistérios da missão em seu coração”.
Ângelo, como coordenador do COMIRE, disse: agradecendo em breves palavras. “Vimos no ofertório entrando uma série de símbolos. Veja como a missão é feita, pelas pequenas mãozinhas da Infância Missionária, pelos pés, corações agitados da Juventude Missionária, através das famílias. Não tinha talvez paróquia melhor para acontecer o envio do que a Paróquia Divino Espírito Santo, porque é ele que vai conduzindo e faz frutificar toda a missão. A missão não e exclusividade de ninguém, a missão é de todas, é de todos. Não deixe que este arder do teu coração seja um impeditivo, seja algo secundário, ao contrário, você tem o desejo ardente por seguir, por caminhar, por se fazer próximo através da presença da Igreja junto a outros povos”.
Pe. Iseldo Scherer, coordenador do COMIDI, chama as equipes missionárias das paróquias, e dos COMIDIS de outras Dioceses, e diz “Benditos os pés que evangelizam em nome do nosso COMIDI. Também os que estão aqui para nos acompanhar, com nosso Bispos D. Wilson e D. Onécimo, os padres, as religiosas e os leigos. Eu vou fazer o gesto que Jesus fez na Quinta-Feira Santa. A missão se faz com os pés que partem, com os joelhos que se dobram em oração, e com as mãos que se abrem par a ajudar. Vamos nos organizar como Regional e Arquidiocese para ajudar, para que possam efetivamente a missão, que Deus continue fazendo vocês servirem como Jesus”. E depois Pe. Iseldo num gesto profético de reverência, e amor beija os pés dos missionários enviados.
Pe. Lúcio diz: “É uma alegria poder dar continuidade ao trabalho iniciado pelo Pe. Jacob Archer, continuado pelo Pe. Josemar, e pelo Pe. Luiz Fraga. Assim damos continuidade. Eu ficarei lá até terem outros para irem, enquanto não surgirem outros ficarei lá, da minha parte não tem prazo, D. Wilson é quem dá a última palavra. Estou contente de poder participar deste aspecto da universalidade da nossa Igreja, a Igreja não é só Arquidiocese, ela é o mundo inteiro e isso é concretizado através deste envio. Estou contente de ajudar concretizar este projeto da Igreja do Brasil de que cada Diocese tenha uma Igreja Irmã, e como foi dito cada Regional tenha uma Missão Além-Fronteiras. Que nossa presença missionária fora de nossa Arquidiocese e Regional enriqueça e fortaleça o espírito missionário.
Pe. Josemar também se expressou: “Quero apenas dizer que o que está acontecendo agora é concretizar um chamado que senti desde quando fui chamado a ser padre, a ir mais longe. Meu lema de vida vem de Jeremias “antes que nascesse…”. A missão não pode ser da gente, não é um projeto pessoal. Quando o Regional começou a construir o projeto para fora do país eu logo me coloquei à disposição. Isso vem concretizar um chamado, é algo que já vem há muito tempo e agora através do Regional se concretiza. Sou grato a Deus e a comunidade Nossa Senhora Rosário e à minha família, pela oportunidade de ter ido à Bahia, ao Amapá e agora à África e à Arquidiocese que sempre acolhe esse apelo de estar nos enviando e fazer parte do Reino de poder evangelizar, e à equipe do Sul 3 que neste momento está em sintonia conosco. Rezem sempre por nós”.
Por: Zenir Gelsleicheter
Secretária COMIDI – Conselho Missionário Diocesano
Uma resposta
Que belo exemplo de partilha, desprendimento e serviço missionário.
Um bom artigo para se ler. Parabéns