É o grande acontecimento para o início do mês de março de 2020. Acontece o início do processo da causa de beatificação de dois membros de nossa arquidiocese, Pe. Léo e Marcelo Câmara. Nesta fase o bispo constitui um tribunal que se encarregará de reunir as provas testemunhais da vida de cada um. No dia 7 de março acontece a cerimônia de abertura do processo de P.Léo. Está marcado para São João Batista, na Comunidade Bethânia. Já no dia 8 de março se celebra o rito de abertura do processo de Marcelo Câmara, em Florianópolis, no Santuário Sagrado Coração de Jesus, em Ingleses.
A abertura dos processos de beatificação de P.Léo e Marelo é uma resposta a inúmeros testemunhos de pessoas que alcançaram graças por intermédio de um de outro. O que o santo tem de mais característico é que manifesta a presença e ação de Deus. É algo que aconteceu enquanto vivia e que continua após a sua morte. Por isso os fiéis são estimulados a buscar a sua intercessão junto a Deus. Vale a pena apresentar alguns traços de suas vidas.
Tanto Marcelo como P.Léo tiveram um momento em que passaram a viver com maior intensidade a vida cristã. Há um momento de conversão. Passam a ter uma intensidade muito maior na vida de fé, no testemunho de vida cristã. Buscam com mais frequência a Eucaristia e a vida de oração. Os gestos de caridade se multiplicam. O testemunho de um e outro deixam uma impressão profunda em quem os conhece.
Os dois eram bastante jovens quando faleceram. Marcelo tinha 28 e P. Léo, 45 anos. Ambos foram acometidos por um câncer. O testemunho no período de doença foi edificante. Souberam fazer do sofrimento um caminho para participar do sacrifício redentor de Cristo. Aprenderam a deixar de lado as coisas mais superficiais e dedicaram-se sempre mais ao que dá sentido e densidade à vida.
Merece destaque o fato de que ambos dedicaram grande parte do seu empenho apostólico aos jovens. P. Léo tinha uma grande capacidade de comunicação. Conseguia tocar o coração dos jovens e o fazia nos programas de TV, nos retiros e grandes encontros. Deixou sua marca ao fundar a Comunidade Bethânia que continua a atender jovens dependentes. Marcelo, por sua parte, deu um testemunho sereno e convincente da fé cristã no ambiente da universidade, onde foi aluno de direito e professor. Também conquistou a admiração dos que trabalhavam no tribunal de justiça. Era também muito requisitado para dar testemunhos em encontros e retiros.
Artigo publicado na edição de março de 2020 do Jornal da Arquidiocese, página 2.