Caros irmãos presbíteros, saudação no Cristo Servo!
Estamos nos aproximando do fim de mais um ano e muitas preocupações começam a agitar nosso dia-a-dia, especialmente na área financeira de nossas paróquias. Assim, apresento algumas ideias sobre previsão orçamentária e execução orçamentária; isso pode ajudar muito!
A Previssão Orçamentária
Previsão Orçamentária é nada mais, nada menos, que prever financeiramente os recursos e despesas que teremos no próximo ano. O ideal é que se faça no final do ano em curso, a previsão para o ano seguinte. Para essa previsão, aconselha-se tomar como base a execução orçamentária do ano vigente e os projetos pastorais e seus orçamentos para o ano seguinte. Em outras palavras faz-se o levantamento total de cada despesa e com esse resultado calcula a média mensal para o ano seguinte aplicando um percentual de reajuste, conforme preveem os indicadores econômicos. O indicador mais usado é o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado).
Para a previsão das receitas, aconselha-se tomar como base as receitas de caráter permanente arrecadadas no ano em curso, ou seja, dízimo, coletas e aluguéis (se houver); e as receitas não permanentes de caráter sazonal que têm confirmação, como os eventos e alguma campanha programada. Do mesmo modo se faz o levantamento total por tipo de receita e calcula-se a média mensal para o próximo ano.
A Execução Orçamentária
Execução Orçamentária é o acompanhamento mensal da evolução do orçamento previsto, monitorando percentualmente o comportamento das receitas e das despesas. Com esse acompanhamento podem-se tomar medidas de contenção de gastos, de busca de novos recursos e até mesmo de incremento dos projetos.
Com uma criteriosa previsão orçamentária e um bom gerenciamento da execução orçamentária, dificilmente a equipe econômico-administrativa da paróquia se surpreende com a falta de recursos financeiros ou até mesmo com déficit orçamentário sem ter liquidez para sustenta-lo.
Outra dica muito importante que ajuda nesse controle é ter bem claro quais são as despesas fixas (salários, côngruas, plano de saúde, etc) e as despesas variáveis (alimentação, viagens, entre outros) e, a partir disso, definir seu ponto de equilíbrio – situação em que o valor total das receitas é igual ao das despesas; não há sobras nem prejuízo. Tendo isso bem definido pode-se avaliar melhor onde se devem conter os gastos, bem como ter uma ideia de quanto sobra no final do período analisado.
Concordo que este assunto é um pouco difícil, até porque não fomos formados para tratar do mesmo, mas os regimentos do CPP e do CPC pedem que o Administrador Econômico apresente aos conselhos de pastoral o orçamento anual e a previsão orçamentária conforme o CDC Cân 1287.
Este texto é apenas um início de conversa para ajuda-lo a entender o assunto e poder ajudar sua comunidade paroquial.
Desejo um frutuoso trabalho!
Pe. Leandro José Rech
Ecônomo