Palavra do Arcebispo: Matrimônio

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Palavra do Arcebispo: Matrimônio

Neste ano de 2022 há uma intensa programação sobre o tema da família. Em junho houve o Encontro Mundial da Família realizado em Roma, que teve uma grande repercussão no mundo todo. O Papa solicitou que todas as paróquias programassem alguma atividade envolvendo o tema “Família” durante a semana do encontro. No mês de agosto, mês vocacional, há toda uma programação para a Semana da Família. E no final do mês de agosto, acontecerá em Florianópolis o Congresso da Pastoral Familiar. É a atividade mais expressiva da Pastoral Familiar, uma vez que reúne todas as organizações pastorais que se ocupam com a família do Brasil inteiro.

É uma ocasião oportuna para aprofundar a reflexão sobre a instituição da família, que tem seu início no casamento. Para os batizados o casamento é elevado ao nível de sacramento, o matrimônio. Pelos sacramentos Deus se faz presente na vida das pessoas. Quer participar de todos os momentos da vida – no nascimento, na doença, na conversão, nos sofrimentos, nas decisões, nos relacionamentos entre as pessoas, na vida de fé, na prática religiosa… Pelo sacramento do matrimônio Deus se faz presente na união conjugal, que passa a construir a nova família.

Como se pode notar a elevação do casamento ao nível de matrimônio faz entender que a união conjugal não se explica só pela atração física, pela paixão, pelos elementos materiais. Ultrapassa os interesses meramente pessoais. Não se firma só no direito positivo. Tem seu fundamento em Deus que chama o ser humano para participar da sua divindade. No compromisso matrimonial a pessoa assume o papel de parceiro de Deus no dar a vida e fazer Deus presente na vida de todos, especialmente nos membros de sua família. Deus presente na família faz crescer o amor que une marido e mulher.

Como se vê, a parte principal da vivência na família cristã é cuidar do relacionamento com Deus. É chamada a desenvolver atitudes concretas para que Deus esteja no centro da vida familiar. O Espírito Santo vai fazendo compreender as realidades do amor. Ilumina para que cada um tome as atitudes mais acertadas para construir a união na família e a presença ativa na comunidade. Não se constrói uma família cristã com os elementos de uma cultura pagã. Diz São Paulo: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, pela renovação da mente, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito” (Rm12,2).

Por Dom Wilson Tadeu Jönck, SCJ

Artigo publicado na edição 291, de julho de 2022, do Jornal da Arquidiocese, página 2.

Dom Wilson Tadeu JönckJornal da Arquidiocese

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