(Dez) icone-da-natividadeLectio (leitura): Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido, deitado na manjedoura (Lc 2,16).

Meditatio (meditação): Aos pastores é anunciada a boa e alegre notícia do nascimento tão esperado do Messias-Salvador. Representantes dos pobres e excluídos, os pastores foram às pressas à Casa do Pão (Belém). Essa pressa – expressão tão cara a Lucas (cf. Lc 1,39; 19,5-6) – caracteriza a expectativa messiânica do povo simples e humilde que, ao receber o anúncio salvífico, sai, sem demora, à procura do seu Salvador, e não se satisfaz até encontrá-lo.

À primeira vista, nada encontram de extraordinário no sinal indicado pelos anjos: apenas o casal Maria e José e uma criança deitada numa manjedoura. Mas isso basta para reconhecerem naquela criança o Deus conosco (cf. Mt 1,23) e tornarem suas primeiras testemunhas. Somos, também nós, sensíveis aos singelos sinais de Deus presentes em nossa vida cotidiana?

Oratio (oração): Glória a Ti, Senhor, no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens e mulheres por Ti amados (cf. Lc 2,14). “Pois escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Lc 10,21).

Contemplatio (contemplação): É Natal. É tempo de, como Maria, contemplar a mística do presépio. Fixemos nossos olhares no Menino da manjedoura, guardando a lembrança deste tão sublime acontecimento e meditando sobre ele em nosso coração (cf. Lc 2,19).

Missio (missão): No mistério da encarnação, Deus mostra ao ser humano o seu rosto. No Natal de Jesus, celebramos o nascimento da eterna e nova aliança do amor divino com a humanidade. Como cristãos da natividade, estamos comprometidos a anunciar, sem temor, a alegria do encontro com o Sol nascente que nos vem sempre visitar (cf. Lc 1,78). O encontro com o recém-nascido nos impulsiona à missão: voltamos para nossas atividades cotidianas com novo sentido para vida, louvando e glorificando a Deus por tudo o que temos visto e ouvido (cf. Lc 2,20).

 

Por Pe. Wellington Cristiano da Silva

Artigo publicado na edição nº 208 do Jornal da Arquidiocese

Dezembro de 2014

Seu endereço de email não será publicado. Os campos marcados com * são obrigatórios

*