(Fevereiro) cinzasLectio (leitura): “Rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (Jl 2,13).

Meditatio (meditação): A invasão de gafanhotos que aflige a terra de Judá oferece ao profeta Joel ocasião de exortar o povo à conversão. Em tom de penitência e súplica, Joel motiva o povo a se voltar para o Senhor e a confiar na divina misericórdia. O sinal concreto da pessoa arrependida é a conversão profunda do interior, o ato de “rasgar o coração”. Benigno e compassivo, o Senhor Deus acolhe o coração contrito que errou e quer voltar. Eis que diante da pequenez e fragilidade humana, Deus se inclina para resgatar, em seu amor, o pecador arrependido!

Oratio (oração): “Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido” (Sl 50,3.12).

Contemplatio (contemplação): No sinal das cinzas, reconhecemos que somos pó e que ao pó voltaremos. Contemplemos, neste tempo favorável (cf. 2Cor 6,2), o Autor de nossa salvação e libertação, que nos chama à penitência e à conversão.

Missio (missão): A Quarta-feira de Cinzas abre, para nós, um tempo de graça e reconciliação. Motivemo-nos a ingressar com fé neste êxodo quaresmal rumo à nossa libertação. Para bem realizarmos esta caminhada de conversão, a Igreja nos ensina três práticas fundamentais que nos servem de remédio: a esmola, a oração e o jejum. Esses sinais quaresmais nos lançam o compromisso de intensificar nossas orações, impulsionar nossas ações de solidariedade e fraternidadee renunciar às realidades que nos prendem e escravizam, como denúncia profética de toda autossuficiência, egoísmo e ganância. Rasguemos, pois, nesta Quaresma, nossos corações!

 

Por Pe. Wellington Cristiano da Silva

Artigo publicado na edição nº 209 do Jornal da Arquidiocese

Fevereiro de 2015

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