“Jesus lhes dizia: ‘Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares’” (Mc 6,4).
Meditatio (meditação)
Jesus retorna a Nazaré, onde foi criado. Na sinagoga, em dia de sábado, começa a ensinar. A reação dos ouvintes é de admiração e espanto. Os nazarenos ficam chocados com a distância entre os ensinamentos e as obras de Jesus e sua origem humilde. Não conseguem admitir que o carpinteiro, filho de Maria, que conviveu com eles durante anos, seja agora um profeta, um portador da sabedoria divina. Este desprezo por parte dos nazarenos revela a sua falta de fé. Este tipo de incredulidade pode afetar qualquer um de nós. Muitas vezes nos escadalizamos com a humilde origem de Jesus. Temos dificuldades de compreender e de aceitar que Deus se fez homem, igual a nós em tudo, exceto no pecado. Como afirma o Apóstolo São Paulo, Jesus “é loucura para os gregos e escândalo para os judeus” (1Cor 1,23).
Oratio (oração)
Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé!
Contemplatio (contemplação)
Cristo é a Sabedoria divina encarnada; Sabedoria acolhida pelos humildes e mansos de coração. Levantemos nossos olhos para Deus, como os olhos dos escravos que fitos estão nas mãos do seu senhor (Cf. Sl 122,1-2a).
Missio (missão)
Humildade é o caminho traçado pelo Cristo. O Filho de Deus sempre se revela na simplicidade da vida. Nossa fé deve ser simples e verdadeira para hospedarmos em nossos corações a sabedoria de Deus. O Senhor nunca se impõe, pois a fé é um ato livre. “Ninguém deve ser coagido no ato de crer” (Dignitatis Humanae, 12). Peçamos ao Espírito Santo que nos dê o dom da sabedoria para acolhermos a Palavra de Deus, na humildade do coração. Impulsinados pelo mesmo Espírito, tenhamos a alegria de sempre anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus, mesmo em meio às resistências e obstáculos.
Por Pe. Wellington Cristiano da Silva
Artigo publicado na edição de julho/2018, nº 247, do Jornal da Arquidiocese, página 08.