ENTREVISTA
– Sua vocação já tem a presença forte de dois santuários – Santa Paulina, onde professou os votos perpétuos, e Nossa Senhora Aparecida, onde recebeu a ordem diaconal. Como você se vê iniciando sua missão como sacerdote no Santuário Sagrado Coração de Jesus?
A minha vida com santuários começou desde muito cedo, quando a minha mãe (in memoriam) e o meu pai fizeram uma promessa a Nossa Senhora Aparecida para que eu me recuperasse de um AVC (Acidente Vascular cerebral com um ano e meio de idade. Este AVC acarretou algumas consequências, das quais foram: cegueira, surdez, não andava nem falava. Com efeito, fiquei em coma trinta dias aproximadamente e, além disso, foi descoberto um câncer na área cerebral. Depois de muita oração e o bom trabalho da equipe médica, tive a graça de me recuperar milagrosamente. Assim sendo, a minha mãe e o meu pai “pagaram” a promessa no Santuário Nacional da Mãe Aparecida.
Passado seis anos, novamente fiquei doente. Dessa vez foi constatado câncer no pulmão esquerdo. Minha mãe e o meu pai ficaram muito aflitos, porém, não perderam a fé e pediram, outra vez, a intercessão da Mãe Maria. Mais uma vez de forma bastante milagrosa, depois de três tomografias que confirmavam o câncer, a junta médica pediu uma quarta tomografia. O resultado da tomografia foi surpreendente: o câncer tinha desaparecido. Lembro como se fosse agora, a minha mãe se ajoelhando diante da médica que proferira o resultado para agradecer a Deus e a Virgem Santíssima.
Diante destes fatos acima, bem como a graça recebida de perpetuar os votos no Santuário Santa Paulina e ter sido ordenado diácono no Santuário Nacional de Aparecida. Só posso dizer, que começar o meu ministério sacerdotal no Santuário Sagrado Coração de Jesus, é mais uma vez o sinal do amor de Deus se manifestando sobre a minha vida. Além disso, vejo que o Senhor me pede que eu seja sinal do Seu amor e da Sua santidade que brotam do seu Coração Aberto a serviço do Seu povo. Portanto, vejo-me muito feliz e grato ao Senhor por iniciar a minha missão sacerdotal no Santuário.
– Como religioso do Sagrado Coração de Jesus (dehoniano), como você sentiu o chamado para difundir esta vocação?
Bem, o meu chamado à vida religiosa-sacerdotal foi despertada através da participação de um grupo de oração jovem da RCC (Grupo de Jovens Pentecostes, Balneário Camboriú – SC). Com efeito, o desejo de ser dehoniano surgiu quando eu conheci a pessoa do Pe. Léo, SCJ (in memoriam). Até conhecer o Pe. Léo, eu tinha uma visão muito pessimista da pessoa do padre. Eu achava todos os padres muito chatos. E, sinceramente, na minha concepção, todos os padres, além de ser chatos, eram carecas e barrigudos. Por favor, não quero ofender nenhum padre. kkkkkk!!! Aliás, eu sou careca e barrigudo, mas não chato, apesar da minha expressão facial quase sempre séria!!! Enfim, o Pe. Léo quebrou todo o paradigma negativo que eu tinha dos padres. E de quebra, fiquei apaixonadíssimo com o carisma dehoniano.
Portanto, a partir do Pe. Léo e vivendo todo este tempo de formação inicial na Congregação, fui percebendo e confirmando que o senhor me chama para dar a minha vida pelo Seu Reino e, por conseguinte, difundir o Seu amor a todos.
– Quais são seus projetos para estes primeiros anos como padre?
Os projetos que eu tenho para estes primeiros anos de padres é, primeiramente, viver bem o que é próprio de uma vida de um padre regular, isto é, viver a vida fraterna em comunidade com intensidade, celebrar bem os sacramentos, atender com esmero o povo, de modo muito especial, os doentes e idosos. Secundariamente, avançar nos estudos teológicos ou em outras ciências relacionadas à área das humanas. Portanto, o projeto é ser um bom padre!!!
– Tem alguma relação com Joinville ou com o nosso Santuário?
A minha relação com Joinville é bem estreita, pois tenho parentes e amigos que moram aqui. Tenho ótimas lembranças na minha adolescência e juventude de quando eu vinha visitar os tios, primos e amigos. Além disso, fiz por um ano, aproximadamente, caminho vocacional com a Comunidade Católica Arca da Aliança (2006-2007). Na comunidade, eu fiz algumas experiências bonitas de Deus e de fraternidade com os irmãos. Sou, de fato, muito grato ao Senhor pelo tempo que estive próximo da mesma.
Quanto a minha relação com o Santuário, sou sincero a dizer: é bem distante por conta de ter visitado somente três vezes antes de ser designado para exercer o ministério sacerdotal no mesmo. Contudo, tenho certeza, que os meus laços com santuário e vice-versa, melhor dizendo, com as pessoas, será bem estreita e profícua. O Senhor tem um projeto bonito para todos nós!!! Eu creio!!!!
– Onde será a sua ordenação?
A minha Ordenação Presbiteral acontecerá na Paróquia São Sebastião, Balneário Camboriú, no dia 18 de março, às 15 horas. Desde já, sintam-se todos convidados e acolhidos pela Paróquia São Sebastião!!!
Diác. Helton Iomes, scj.