Dignidade da vocação laical – Por Pe. Vitor Feller

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Dignidade da vocação laical – Por Pe. Vitor Feller

A vocação laical dos cristãos leigos surge dos três sacramentos da iniciação, que “fundam a igual dignidade de todos os membros de Cristo” (Doc. 105, n. 104). O Batismo incorpora todos na mesma fé e no mesmo corpo de Cristo; a Crisma unge a todos no mesmo espírito de Cristo; a Eucaristia une a todos na mesma fração do pão. Assim, todos são membros do único povo de Deus, todos têm em Cristo, independentemente das funções, a mesma dignidade cristã, a mesma cidadania batismal, a mesma graça salvífica.

DIVERSIDADE NA UNIDADE

A respeito da dignidade comum dos Diogfiéis leigos o Doc. 105 da CNBB cita a exortação apostólica pós-sinodal Ecclesia in America: “Na Igreja, povo de Deus, é comum a dignidade dos filhos de Deus batizados, no seguimento de Jesus, na comunhão recíproca, no mandamento missionário” (EAm, n. 44) Por isso, “compreender e viver a Igreja como diversidade na unidade é fundamental para entender e valorizar a vocação, a identidade, a espiritualidade e a missão dos cristãos leigos e leigas” (Doc. 105, n. 105).

A DIGNIDADE COMUM

A dignidade comum dos fiéis – ministros ordenados e leigos – se baseia nos grandes dons que nos são oferecidos por Deus. Somos um só corpo de Cristo, um só povo de Deus; temos um só Senhor, uma só fé, um só Batismo; vivemos num só Espírito; participamos de uma só Igreja. “Comum é a dignidade dos membros, pela regeneração em Cristo; comum a graça de filhos, comum a vocação à perfeição; uma só salvação, uma só esperança e uma caridade indivisa” (LG, n.32).

VINCULAÇÃO COMUM

Vivendo a unidade da fé na diversidade de funções e ministérios, a Igreja reflete na terra a divina vida trinitária. Três pessoas num só Deus; muitas pessoas numa só Igreja! Mesmo que os pastores estejam à frente como dispensadores dos mistérios em favor do povo, reina a igualdade entre todos quanto à dignidade. A distinção entre os ministros ordenados e o restante do povo de Deus contribui para a união, já que os pastores e demais fiéis estão ligados uns aos outros por uma vinculação comum: os pastores da Igreja prestam serviço aos fiéis e estes colaboram com os pastores. “Deste modo, todos testemunham, na variedade, a admirável unidade do corpo místico de Cristo: a própria diversidade de graças, ministérios e atividades, consagra em unidade os filhos de Deus” (LG, n. 32).

Por Pe. Vitor Galdino Feller

Publicado na edição de setembro/2018, nº 249, do Jornal da Arquidiocese, página 05.

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