Comunidades a partir de Jesus Cristo – Por Pe. Vitor Feller

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Comunidades a partir de Jesus Cristo – Por Pe. Vitor Feller

“Jesus Cristo é a fonte de tudo o que a Igreja é e de tudo o que ela crê”, dizem as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019 (n. 4). Recentemente publicadas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), essas diretrizes vão acompanhar a vida e a missão de nossas comunidades nos próximos quatro anos.

Partir de Jesus Cristo

As diretrizes nos convidam a partir de Jesus Cristo. Ele é o ponto de partida de nossa vida pessoal e de nossa ação missionária. Todo cristão deve viver a mesma vida de Jesus de Nazaré, adaptando-a a seu estilo de vida, à sua idade, à nossa época. É impossível ser cristão sem ser convertido a Jesus, sem ter feito a experiência da amizade íntima com ele, sem ter ouvido dele a boa notícia do amor incondicional do Pai, sem hospedar no coração o Espírito, sem dispor-se a segui-lo na missão junto às diferentes situações. Ser cristão é viver e amar, sonhar e servir, orar e agir como Jesus. É seguir as suas pegadas. É ser um outro Jesus aqui e agora.

Na exortação apostólica Evangelii gaudium, o Papa Francisco ensina que “a melhor motivação para se decidir a comunicar o Evangelho é contemplá-lo com amor, é deter-se nas suas páginas e lê-lo com o coração” (EG 264). Os Evangelhos nos mostram que “os discípulos missionários experimentam o fascínio que faz arder seus corações e os leva a tudo deixar e a viver um amor incondicional a Jesus” (DAEIB 4). A conversão pastoral de nossas comunidades depende de nossa conversão pessoal a Jesus Cristo.

Lugar de encontro com Jesus

Cada comunidade deve sempre se perguntar: as pessoas que vêm até nós se encontram com Jesus? Quem participa de nossa comunidade faz a experiência da amizade com Jesus? Nossa comunidade é lugar para o encontro com Jesus Cristo? Ou é lugar de fofocas e divisões? Jesus condenou a atitude dos fariseus que convertiam pessoas, mas quando esses convertidos entravam na comunidade, perdiam-se, porque não encontravam a beleza da fé, mas só intrigas e ciúmes. “Percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes mais do que vós” (Mt 23,15).

Para poder ser missionária e anunciadora do Reino de Deus pregado por Jesus, a comunidade deve ser o lugar da comunhão e do encontro com o próprio Jesus. Ninguém dá o que não tem. Se uma comunidade não tem comunhão, não pode ser exemplo de missão. As duas coisas vão juntas, comunhão e missão, dois movimentos do coração cristão.

Artigo publicado na edição de julho/2015, nº 214, do Jornal da Arquidiocese

Pe. Vitor Galdino Feller

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