Comunidade, lugar de fraternidade – Por Pe. Vitor Feller

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Comunidade, lugar de fraternidade – Por Pe. Vitor Feller

Em seu último documento, Gaudium et Spes, o Concílio Vaticano II (1962-1965) expressou de modo claro a relação que existe entre a missão própria da Igreja e a responsabilidade que ela tem de colaborar com a sociedade. A Campanha da Fraternidade deste ano celebra os 50 anos da conclusão do Concílio e retoma a caminhada dessa nova relação entre Igreja e mundo.

Serviço, diálogo e cooperação

Novas palavras e atitudes marcam a relação da Igreja com o mundo e a sociedade. Servindo-se da metodologia ver-julgar-agir, os membros da Igreja procuram conhecer o mundo em suas luzes e sombras, analisar a sociedade à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja e apontar sugestões práticas para transformar a realidade, de modo que nosso mundo e sociedade se tornem sinal da comunhão definitiva no Reino de Deus.

Sinais dos tempos e conversão pastoral

O Documento 100 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), – “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia” – situa o lugar das comunidades no serviço à sociedade. A Igreja não existe para dentro, mas para fora; não existe para si, mas para os outros. Toda comunidade, grande ou pequena, encontra seu sentido no serviço, no diálogo e na cooperação com a sociedade. Diz o documento: “O Concílio Vaticano II propõe o diálogo na relação da Igreja com a sociedade. Assim, a Igreja é chamada a reconhecer os sinais dos tempos, pois a história é rica em sinais da presença de Deus. O Concílio destacou a pastoral e a ação evangelizadora da Igreja para que esta seja sinal de Cristo no mundo” (n. 9).

Dignidade humana, bem comum e justiça social

Assim, a comunidade cristã deve estar sempre atenta aos desafios postos pela sociedade, acolhê-los como questionamentos que o Senhor nos coloca, dispor-se a resolvê-los na linha da promoção da vida e da dignidade humana, do bem comum e da justiça social. A comunidade cristã é semente do mundo novo, é germe da nova sociedade, é instrumento da fraternidade universal, é sacramento do Reino de Deus.

 

Artigo publicado na edição de fevereiro, nº 209, do Jornal da Arquidiocese.

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