Artigo: Paróquias em saída missionária

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Artigo: Paróquias em saída missionária
Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Paulo Lopes

A Congregação para o Clero, da Santa Sé, acaba de publicar uma Instrução intitulada “A conversão pastoral da comunidade paro­quial a serviço da missão evangelizadora da Igreja”. O documento tem por objetivo convidar as paróquias à conversão pastoral, a fim de poderem sair de si mesmas, procurar novas estradas, iniciar novas experiências, criar instrumentos de reforma pastoral e es­trutural que as levem a serem missionárias, paróquias em saída missionária.

Conversão pastoral

A conversão pastoral é fundamental “para que as comunidades cristãs se tornem cada vez mais centros propulsores do encontro com Cristo” (n. 3). O papa Francisco já havia dito no início de seu pontificado, na exor­tação Evangelii Gaudium sobre a alegria do anúncio do Evangelho, que o grande ideal da missão é chegar às pessoas “que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida” (EG, 49). Para levar o Evangelho de Cristo a todos nossas paróquias têm de renovar-se, estar mais voltadas para fora, atentas aos que vivem nas periferias geográficas e existen­ciais.

Missão e renovação

A missão é o critério para a renovação de nossas paróquias. O ímpeto missionário tor­nará a paróquia cada vez mais inclusiva, aco­lhedora de todas as pessoas que procuram a Palavra, os sacramentos e a caridade cristã. A missão recordará continuamente à paró­quia de “que os pobres e excluídos devem ter um lugar privilegiado no coração da Igreja” (n. 32). A comunidade paroquial é o lugar da compaixão com pessoas e famílias sem teto, sem trabalho, sem condições de vida digna.

Conselho Pastoral Paroquial

Com base no Direito Canônico e nas propos­tas pastorais do papa Francisco, a instrução sugere que toda paróquia tenha seu Conse­lho Paroquial de Pastoral. Que seja expressão do sacerdócio batismal dos fiéis, da corres­ponsabilidade de fiéis e pastores na missão da Igreja. Que seja formado por lideranças re­presentativas das mais diferentes expressões da vida e da missão paroquial, para ativar mecanismos que facilitem e promovam a co­munhão e a missão do povo de Deus que vive na comunidade paroquial. E, sobretudo, que “seja sujeito e protagonista da missão evan­gelizadora”, que se deixe envolver na missão de Cristo e da Igreja no mundo (n. 110).

Pe. Vitor Galdino Feller

Artigo publicado na edição de agosto de 2020 do Jornal da Arquidiocese, página 5.

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