A “ideologia de gênero” foi retirada do Plano Nacional de Educação, aprovado no ano passado (2014). O MEC volta a insistir e quer inserir esta perniciosa ideologia nos planos municipais e estaduais de educação. Quer que os Estados e Municípios apresentem “gênero” e “orientação sexual” nos planos de educação, como critérios para a implementação de políticas educacionais. Em muitos municípios, este processo está acontecendo sem a participação dos principais interessados, que são os pais e educadores.
As expressões “gênero” e “orientação sexual” são usadas para afirmar que o nascer “homem” ou “mulher” não é o que conta. De acordo com esta corrente ideológica, o ser humano nasce neutro e depois escolhe ser homem ou mulher. Não leva em conta as diferenças anatômicas e psicológicas do ser homem ou ser mulher, que o ser humano traz desde o nascimento.
Negar a biologia e a psicologia é negar a ciência. A escola deve ter compromisso com a verdade, favorecendo o conhecimento da realidade e não doutrinando as crianças e jovens com ideologias. O papel da educação é ajudar as jovens gerações a construir sua identidade sexual e não a desconstrução das características psicológicas e biológicas dos meninos e das meninas. Desta forma se busca “desconstruir” a família, o matrimônio, a maternidade e, por outro lado, fomentar um estilo de vida que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a infância.
Lanço um apelo aos vereadores de nossas cidades para que, ao aprovar o “Plano de Educação”, não permitam que esta nociva ideologia se faça presente para orientar a educação das nossas crianças. Peço que os pais de família acompanhem a tramitação deste projeto e se manifestem sobre a sua aprovação nas Câmaras de Vereadores. Lembremo-nos sempre do ensinamento da Sagrada Escritura: “Ele os criou homem e mulher” (Gn 1,27).
Por: Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, scj