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Corpo e Sangue do Senhor: festa da partilha

Por Pe. Rafael Aléx Lima da Silva

img_corpo-de-cristoNeste ano de 2016, celebraremos a festa do Corpo e Sangue de Cristo no dia 26 de maio, inserida esta no Tempo Comum, mas em todo caso sempre próxima àquele Pascal, o qual encerramos pouco faz. E vale dizer isso, justamente para enfatizar que tão importante festa é atualização do mistério pascal do Senhor, assim como o é cada eucaristia celebrada. A coleta deixa claro essa relação: eucaristia é fazer memória da paixão de Cristo ressuscitado pelos sinais sacramentais do pão e do vinho (neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão).

O evangelho é o da multiplicação dos pães e peixes (Lc 9,11b-17) e serve de símbolo da eucaristia, pois estão presentes gestos próprios da última ceia: Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão.

Um dos elementos propostos pelo evangelho, e parte integrante da eucaristia, é a partilha entre os membros da comunidade de fé. Ligado a isso, temos a preocupação de Jesus para com aqueles que ouvem a sua palavra e se tornam, com isso, pobres do reino dos céus, desprovidos de humanas seguranças. Recordemos que os apóstolos dizem a Jesus de despedir a multidão, pois se encontravam num lugar deserto, sem os meios necessários de descanso ou alimentação; como dito acima, sem seguranças. Enfim, no deserto estavam eles, e nós? Quais os nossos desertos? Quem sabe, a expressão tão usada pelo Papa Francisco nos possa ajudar: situações existenciais periféricas – distantes do centro que é Cristo e é também a comunidade de fé enquanto corpo vivo do Senhor – nas quais a segurança, nas suas mais variadas facetas, desvanece-se – algo a ser valorizado durante a procissão desse dia!

Cabe-nos, portanto, dar-nos conta de tais periferias desérticas para transformá-las pela nossa participação ativa: Dai-lhes vós mesmos de comer. A via do mero senso comum (cada um por si) não serve – Despede a multidão, para que possa ir aos povoados – embora pareça mais prático e lógico, não é eucarístico.

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