(Criada a 9 de dezembro de 1830)
CNPJ 83.932.343/0048-85
Pároco: Pe. Hércules Marçal
Vigário Paroquial: Pe. Reinaldo Schmitz
Diácono: Luiz Carlos Gonçalves
Secretária: Lucimara Prudêncio Luiz
Site: http://psjgaropaba.com.br
Facebook Paróquia São Joaquim
Instagram: @psaojoaquimgrp
Comunidades
Padroeiro(a) Localidade Criação
1 Matriz: São Joaquim Centro 1986
2 Igreja Histórica São Joaquim Centro 1830
3 Capela Senhor Bom Jesus Centro 1896
4 Gruta Nossa Senhora de Lourdes Vigia 1950
5 Senhor Bom Jesus Macacu 1957
6 Santa Luzia Encantada 1966
7 Nossa Senhora Aparecida Siriú 1967
8 Cristo Rei Costa do Macacu 1969
9 Nossa Senhora da Glória Campo D’uma 1976
10 São Francisco Areias do Macacu 1976
11 São Sebastião Ressacada 1977
12 Senhor Bom Jesus Pinguirito 1977
13 São Sebastião Areias do Ambrósio 1978
14 São Pedro Capão 1978
15 São Luiz Gonzaga Morro da Encantada 1980
16 São João Batista Areias da Palhocinha 1980
17 Sagrado Coração de Jesus Prainha 1980
18 Sagrada Família Ibiraquera 1986
19 Cristo Rei Limpa 1986
20 São Francisco Palhocinha 1991
21 Sagrado Coração de Jesus Ambrósio 1997
22 São Lourenço Morro dos Fortunatos 2005
23 São José Operário Serraria 2007
Criada em 9 de dezembro de 1830
Os habitantes naturais de Garopaba eram os índios Carijós, que moravam em tabas ou aldeias, constantes de 30 a 80 cabanas.
Provavelmente os primeiros habitantes brancos foram sobreviventes da expedição de João Dias de Solis, encontrados pela tripulação do Galeão São Gabriel, desgarrado da expedição de Sebastião Elcano em 1º de março de 1526. O Capelão de bordo batizou os primeiros Carijós.
A primeira ocupação de Garopaba de certo modo estável se dá em 1692, quando colonos chefiados por Antônio Bicudo Camacho, localizou-se em Araçatuba e Maciambu.
No século XVIII, a ocupação foi intensificada: Em 1748 chegaram os primeiros navios transportando imigrantes das Ilhas dos Açores. Os carregamentos se sucederam entre 1748 e 1756, totalizando 4.929 pessoas, que foram distribuídas pela Ilha de Santa Catarina e pelo litoral continental: São Miguel, São José, Enseada de Brito, Garopaba e Vila Nova.
Em 1793-1795 fundou-se a Armação de São Joaquim de Garopaba, para exploração da pesca da baleia. A Armação, que estava destinada a dar um forte impulso econômico a Garopaba, fracassou. Em 1830 não passava de ruínas. Garopaba não passava de um lugar pobre, habitado por gente pobre.
Os moradores brancos de Garopaba, açorianos de grande religiosidade, foram, em seus primórdios, atendidos pelos Padres de Laguna, a cuja Paróquia pertenciam. Mais tarde passaram a pertencer à Paróquia do Desterro e à da Enseada de Brito.
Um Decreto Imperial de 9 de dezembro de 1830, sendo Presidente da Província o Chefe de Divisão Miguel de Souza Melo e Alvim, criava a Paróquia São Joaquim, de Garopaba. Sua instalação, contudo, somente foi efetivada, por ato Legislativo, de 13 de maio de 1846, quando o General de Divisão Antero José Ferreira de Brito foi autorizado a contratar uma Companhia para a aquisição da Igreja São Joaquim, que pertencia à Armação Baleeira de Garopaba. Construída pela Armação Baleeira em 1796, nela foram feitos, na condição de oratório, registros de batismo, de óbito e de casamento até 1799, quando passou a ser Capela da Armação Baleeira São Joaquim de Garopaba. A Companhia encarregada de sua aquisição foi representada pelo Capitão Manoel Marques Guimarães Filho, que assinou o contrato de compra da igreja juntamente com a casa paroquial e o cemitério.
O inventário de 1816 da Armação Baleeira de Garopaba e outros registros no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro indicam dados da Capela São Joaquim; também o relato que August de Saint-Hilaire faz de sua passagem por Garopaba em 1820 no seu livro também menciona a Capela da Armação. Outro documento importante que faz menção à Capela é a Memória escrita por Melo e Alvim, então chefe da Intendência da Marinha publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SC de 1914, também faz menção à Capela; as correspondências entre o vigário da Enseada de Brito e o presidente da Província de SC também indicam a existência da Capela.
A igreja matriz atual, talvez uma ampliação da igreja construída ao tempo da Armação da pesca, sofreu sucessivas remodelações e reformas. Pelo que consta, procederam a reformas o Pe. Rafael Faraco (1862-1917), Pe. Dr. Cesar Rossi (Vigário de Laguna e Mirim: 1918-1946) e Pe. Paulo Hobold (1946-1956). A última e completa reforma aconteceu ao tempo em que Pe. Francisco de Assis Wloch (1976-1987) era Pároco.
Não era fácil paroquiar Garopaba: lugar pobre, povo pobre e escasso, sem condições de sustentar um Vigário residente. Deste modo era grande a rotatividade dos Padres.
Quem realmente fez a grande história religiosa de Garopaba foi Pe. Rafael Faraco, que alí permaneceu de 1862 a 1917, ano de seu falecimento.
Com estatutos aprovados em 1873, foi criada a Irmandade de São Joaquim de Garopaba, acumulando quatro devoções: Santíssimo Sacramento, Divino Espírito Santo, São Joaquim e Nossa Senhora das Dores.
Grande emoção de Padre Faraco e da comunidade foi ver sua Paróquia consagrada ao Sagrado Coração de Jesus, a 21 de janeiro de 1900.
Em 1917 a Paróquia São Joaquim foi anexada à Paróquia de Vila Nova e Mirim, situação mantida até 1956, quando foi anexada à Paróquia de Santo Amaro, pois, com a criação da Diocese de Tubarão, não poderia continuar anexada às de Mirim e Vila Nova, que ficaram pertencendo àquela Diocese.
Em 10 de janeiro de 1967, com a criação da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus de Paulo Lopes, Garopaba e Enseada de Brito passaram a ser atendidas por esta Paróquia.
Em 1973 Pe. Eugênio Kinceski assume a Paróquia de Paulo Lopes e Garopaba, passando a Paróquia de Enseada de Brito aos cuidados da Paróquia do Senhor Bom Jesus de Nazaré, de Palhoça.
Finalmente, a 17 de dezembro de 1976, Dom Afonso Niehues reativa a Paróquia São Joaquim, de Garopaba, definindo-lhe novamente os limites, que seriam coincidentes com os do Município, à exceção das Comunidades de Gamboa e Penha, que continuariam a ser atendidas pela Paróquia de Paulo Lopes.
Pe. Francisco de Assis Wloch, seu Pároco nomeado, inicia uma nova caminhada na veterana Paróquia. Com poucas condições de trabalho, Pe. Francisco desdobra-se para conseguir atender a todas as pobres comunidades. Sem casa paroquial, vai residir na casa de uma família, trabalhando para conscientizar seus paroquianos da necessidade de se engajarem na manutenção da Paróquia.