Paróquia São Luís Gonzaga, em Brusque, conclui tempo de Crisma

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Paróquia São Luís Gonzaga, em Brusque, conclui tempo de Crisma

Por conta da pandemia, celebrações ocorreram em 11 etapas, concentradas na Igreja Matriz

O período das celebrações de Crisma na Paróquia São Luís Gonzaga foi concluído neste sábado, 5 de dezembro. Por conta da pandemia, as missas ocorreram ao longo do mês de novembro até o primeiro sábado de dezembro. Dom Wilson Tadeu Jönck, Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, esteve em Brusque para presidir as duas últimas missas, às 10h e 16h, sendo a última concelebrada pelo pároco, padre Diomar Romaniv. A celebração deste ano marca também um novo tempo no método de evangelização de crianças, adolescentes e jovens: a Iniciação à Vida Cristã (IVC), dentro do processo de cinco anos, e o método antigo, no qual era separada a Primeira Comunhão, em um processo de dois anos.

Nesta última etapa, 124 adolescentes e jovens estiveram na igreja Matriz para participar do Rito da Crisma: Renovação das Promessas do Batismo, Imposição das Mãos e a Unção com óleo do Crisma. Pais, padrinhos e catequistas, testemunhas deste momento de fé, participaram da celebração, respeitando todos os protocolos de higiene e regras de distanciamento social orientadas às igrejas para prevenção da Covid-19.

“Primeiro a gratidão a Deus pela oportunidade com esses crismandos e de poder realizar todo esse trabalho de evangelização, que foi uma consequência de todo o ano. Fico feliz em perceber que, mesmo com a pandemia, nós, pouco a pouco, fomos retomando as celebrações dos sacramentos: primeiro as missas, os batizados, depois fizemos um trabalho mais intenso com as Primeiras Comunhões, concluindo esse processo com as Crismas e já iniciando as confissões de fim de ano para a celebração do Natal”, destaca o pároco, padre Diomar Romaniv.

Métodos para tempos de pandemia

Ao todo, 520 adolescentes receberam o sacramento da Crisma na Paróquia em 2020. Além do número reduzido de pessoas, se fez necessário o uso da máscara e a higiene das mãos com álcool gel, a cada celebração. O Bispo ou o sacerdote não tocaram no crismando e, para a unção, se utilizou de um algodão individual. O empenho e organização da catequese e todas as pessoas envolvidas foi destacado pelo pároco. “Agradecemos a eles por se reorganizarem e darem ênfase aquilo que é o central: a celebração da Eucaristia e do Sacramento. Sem desprezar o encontro da família, a confraternização, mas entendendo que isso é o menos importante e, mesmo que não seja possível realizar, queremos viver a vida espiritual e a celebração do sacramento. No mesmo sentido, de fazer celebrações sóbrias, objetivas, mas profundamente espirituais”, ressalta o pároco.

‘O mais importante é a fé’

Em sua saudação direcionada aos adolescentes, o Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, enfatizou a importância do Sacramento do Crisma e seu o significado nesta etapa de vida de cada um dos crismandos. “Nos alegramos em celebrar com vocês este momento. Se vocês imaginassem quando começaram todo esse tempo de preparação, que hoje estariam aqui com uma máscara no rosto, com distanciamento social e com poucas pessoas aqui celebrando com vocês, não dava de imaginar. Mas, são as limitações. Ficamos contentes de poder ao menos celebrar a Crisma com estas limitações da forma que estamos fazendo. Duas coisas podemos aprender: que a vida cristã a gente vive de acordo com as circunstâncias que nossa vida enfrenta. Agora é pandemia e é tempo de soluções para tempos de pandemia. A outra é que, o fato de podermos celebrar a Crisma nos lembra que o mais importante é nossa fé e o sacramento. As outras coisas são acessórios – que ajudam, mas não são o mais importante”, observa o Arcebispo.

Um ano diferente para a Igreja

A conclusão do período de Crismas na Paróquia também inspirou Dom Wilson a refletir sobre o ano que se finda, seus desafios interpostos e a forma como as paróquias têm se colocado à disposição, dentro de suas limitações, para servir e ajudar o próximo. Bons exemplos foram vistos na Arquidiocese, principalmente no serviço da caridade social. Para Dom Wilson, todas as ações desenvolvidas ao longo do ano pela Igreja, nada mais são do que o que há no coração de cada um que se doa. “Há uma fé muito forte nas nossas comunidades, e isso, de alguma forma, fez prece e apareceu mais nos momentos de dificuldade. Nos momentos de limitação, de pandemia, não podíamos nos reunir para celebrar, ou então muito limitadamente. Mas, se viu as necessidades e respondeu-se de uma forma muito bonita”, declarou.

Dois setores são destacados por Dom Wilson como de grande evidência durante o ano que se finda: a caridade social e a comunicação. “Havia gente que precisava ser ajudada e a comunidade deu uma resposta muito bonita. Já na comunicação, tratava-se de como fazer chegar o Evangelho em tempos de pandemia, como falar e contatar às pessoas. Os instrumentos técnicos foram usados, as redes sociais foram o grande meio, se descobriu muito. Além disso, muitos jovens começaram a entrar na comunidade por esta porta. Então, foram dois setores intensos neste ano. Uma das áreas que se beneficiou disso foi a catequese. Houve um grande esforço e a catequese, de uma forma geral, continuou acontecendo, desta forma”, observou.

Outro aspecto apontado pelo Arcebispo neste olhar sobre 2020, e que ganhou uma notoriedade maior, foi a família, convidada a conviver. “Os filhos estiveram mais tempo com os pais, os pais com os filhos. Mesmo com seus atritos pessoais, estavam juntos, rezando, partilhando. Por isso, penso que tudo isso vai deixar alguns traços positivos neste sentido daqui pra frente. Não sei se irá continuar, gostaria que sim”, ressaltou o Arcebispo.

O verdadeiro sentido do Natal

Dom Wilson entende que o Natal será um pouco diferente de todas as vezes anteriores, mas não menos intenso. “Será de menos luz, menos festa, menos agitação. Porém, nos dá condição, sobretudo, de festejar em família. E que a família se coloque diante do presépio, faça sua profissão de fé, a sua leitura bíblica, e ali exerça a sua espiritualidade. Penso que isso será importante, porque nos dá condições de celebrar o Natal no verdadeiro sentido dele. Penso que as limitações da Covid-19 pode nos ajudar, neste sentido”, refletiu.

Texto e fotos: Guédria Motta – Ideia Comunicação Corporativa

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