Comunicadores participam de Coletiva de Imprensa sobre a 25ª Romaria da Terra e das Águas

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Comunicadores participam de Coletiva de Imprensa sobre a 25ª Romaria da Terra e das Águas

Nesta terça, dia 10 de setembro, o bispo diocesano de Lages, Dom Guilherme Werlang, e a coordenação da 25ª Romaria da Terra e das Águas concederam uma coletiva de imprensa sobre os preparativos do evento, que ocorre neste domingo, 15 de setembro, no município de São José do Cerrito, e envolve toda a Igreja do estado de Santa Catarina.

A Romaria da Terra tem o significado de um mergulho na memória religiosa daquilo que é a nossa fé. Dom Guilherme Werlang, fez um convite especial para que todos e todas, inclusive a imprensa e as autoridades, façam uma reflexão sobre o tema. “Temos muitas coisas importantes para refletir e rezar juntos, por que a terra está sendo destruída, os rios estão sendo poluídos e mortos. As barragens estão impedindo que os rios tenham vida e nós precisamos ser zeladores e preservadores da vida, dom maior de Deus”, afirmou.

Essa Romaria tem uma especificidade grande, que não é só uma devoção interna e religiosa de fé, mas também uma preocupação com o mundo que a gente pisa. “O cuidado com a terra, com a água, com os animais, com a humanidade, e lembrar que enquanto nós somos apenas caminhantes, o planeta tem um tempo maior que o nosso, então é necessário uma preocupação com isso, com a terra, a água, e toda a criação”, destacou pe João Carlos de Souza, coordenador desta romaria. “Nós somos histórica e biblicamente, um povo romeiro. Desde Abraão, nosso pai na fé, que caminha na promessa do que Deus realiza. A Romaria lembra ainda o que é a caminhada nossa como Igreja e humanidade e também de peregrinação no planeta e no mundo”.

Encíclica e Lema – A Encíclica “Laudato Si”, publicada pelo Papa Francisco em 18 de junho de 2015, inspirada no cântico das criaturas de São Francisco, prega uma fraternidade entre a humanidade e a natureza. “Esta Encíclica, nos apresenta problemas e realidades no mundo atual, mas faz provocações para o compromisso de vida, de ação, de valores, que vise o desenvolvimento integral e sustentável das pessoas, da sociedade humana e de toda a realidade que vive na casa comum que é o planeta”, afirmou o bispo. A encíclica apresenta os que são mais violentados na forma atual de viver: a terra e os pobres! Daí sai o lema que inspira esta 25ª Romaria da Terra e das Águas: “Toda a criação sofre e geme com as dores de parto” (RM 8,22).

Motivação e Tema – Dom Guilherme ressaltou: “Natureza morta, humanidade morta! Meio ambiente destruído, pessoas humanas destruídas e mortas. A Romaria da Terra e das Águas não é só para quem mora no campo, agricultura familiar, sem-terra, ou os pobres da terra. É para todos aqueles que tem a consciência que não vivemos na lua nem em marte, nós vivemos no Planeta Terra, a nossa casa comum. Se nós não preservarmos a terra nós morreremos.” Neste ano de 2019, a Igreja no Brasil, pela Campanha da Fraternidade, nos estimula a participar dos diversos ambientes da sociedade, de modo especial na política, contribuindo na realidade em favor de um mundo mais justo. Segurança Alimentar, comida saudável, pão bom para Todos, de quem planta, prepara e consome se torna cada vez mais ameaçado nos tempos e políticas atuais. Essa é a semente que nos leva ao tema que abraça a realização da 25ª Romaria da Terra e das Águas: “Semeando Vida no Campo e na Cidade”!

Monge João Maria e a cruz de cedro – Tradicionalmente a Romaria da Terra e das Águas em Santa Catarina é realizada em meados do mês de setembro, e essa data acontece para lembrar que o marco das Romarias é o plantio de uma cruz de cedro. Na esperança daqueles que caminham, às vezes é uma cruz que brota, não só o tronco, que é fincado na terra, mas também o braço da cruz, que em algumas situações brota. A cruz de cedro, plantada neste dia, nos lembra na fé católica a Exaltação da Santa Cruz, sempre 14 de setembro.

Além disso, no dia 15 de setembro, na memória do povo, é o dia do nascimento de São João Maria, seria o dia do aniversário. Ele que tinha o costume, de plantar a cruz de cedro, junto às fontes de água, também como proteção, sombra e cuidava do meio ambiente. Então, essa data também contempla para lembrar São João Maria, na fé do povo.


Texto: Adriana Palumbo/ Fotos: Marcelo Pakinha
Fonte: CNBB Regional Sul 4

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