Coletiva em Florianópolis aborda ritos e eleição papal após morte do Pontífice

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Coletiva em Florianópolis aborda ritos e eleição papal após morte do Pontífice

Na manhã desta segunda-feira, 21 de abril de 2025, a Cúria Metropolitana de Florianópolis promoveu uma coletiva de imprensa, onde Dom Wilson Tadeu Jönck, Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Pe. Vitor Galdino Feller, Vigário Geral da Arquidiocese, e Pe. Tarcísio Pedro Vieira, Vigário Judicial da Arquidiocese, compartilharam suas reflexões e esclarecimentos sobre os próximos passos da Igreja Católica, após o falecimento do Papa Francisco, ocorrido horas antes.

A coletiva, que teve início às 8h, foi marcada por palavras de admiração e respeito ao legado de Francisco. Dom Wilson abriu a sessão, destacando a busca incansável do Papa pela santidade e seu desejo de transformar o mundo através do Evangelho. “Ele procurou e viveu intensamente, até como jesuíta que ele era, é viver a santidade. E a partir deste enfoque do povo em filosofia e evangelho, ele também queria, acreditava que era possível transformar o mundo. A presença de Cristo ressuscitado transforma a vida das pessoas, transforma a vida do mundo”, afirmou o Arcebispo.

Pe. Vitor Galdino Feller aprofundou-se nos “grandes processos abertos pelo Papa Francisco”, ressaltando a importância da sinodalidade, da ecologia integral, da educação e da economia. “O Papa Francisco é o primeiro Papa que não participou do Conselho Vaticano II, então ele tem mais liberdade de fazer o Concílio acontecer. E uma das grandes novidades é exatamente o tema da sinodalidade. Sínodo significa caminho conjunto. O Papa entende que a Igreja é o povo todo de Deus e todos na Igreja são responsáveis, corresponsáveis pela identidade da Igreja, a Igreja como comunhão, e pela missão da Igreja, a Igreja em saída”, explicou o Vigário Geral. Ele também destacou a encíclica sobre a ecologia, “Laudato sí‘”, e o chamado à “economia de Francisco e Clara”, que prioriza os pobres e a justiça social.

Pe. Tarcísio Pedro Vieira detalhou os procedimentos que se seguem ao falecimento do Papa, desde a confirmação do óbito até o conclave para a eleição do novo pontífice. “O Papa faleceu às 7h35 da manhã de Roma, no Brasil, 2h35 da manhã. Ele é o 266º Papa na história da Igreja. Primeiro Papa Latino-Americano e com 88 anos e 12 de pontificado, tanto fez pela Igreja”, informou o Vigário Judicial. Ele explicou que o Cardeal Camerlengo assume o governo interino da Igreja e que os cardeais com menos de 80 anos serão convocados para o conclave. “Não é mero processo político, não é apenas interesse, mas nós cremos, sim, que a escolha de um romano pontífice, ela é conduzida pela força do Espírito Santo”, enfatizou.

Pe. Tarcísio também informou que, por desejo do Papa Francisco, seu sepultamento ocorrerá na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Ele listou os sete cardeais brasileiros que participarão do conclave, incluindo Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre, e Dom João Braz de Aviz, nascido em Mafra e residente em Roma.

A Arquidiocese de Florianópolis convocou os fiéis a rezarem pelo descanso eterno do Papa Francisco e pela eleição do novo pontífice. Uma missa em sufrágio será realizada na Catedral Metropolitana, às 18h15 desta segunda-feira.

Dom Wilson encerrou a coletiva, resumindo o legado do Papa Francisco como o de “um grande homem de fé, grande amor em união com Cristo, e queria ver o Evangelho de Cristo tornado atitude de relacionamento das pessoas, dentro da igreja e fora da igreja, e também com relação à casa comum”.

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