Em cerimônia transmitida por canais católicos de Televisão, foi encerrada, solenemente, a 56ª Assembleia da CNBB na sexta-feira, 20 de abril. Os bispos fizeram desse momento, ocasião de oração e ação de graças. Cardeal Sergio da Rocha, presidente da CNBB, acompanhado por dom Murilo Krieger, vice-presidente, pelo Núncio Apostólico, dom Giovanni d’Aniello, e pelo coordenador dos trabalhos desses dois últimos dias, dom João Justino, arcebispo-coadjutor de Montes Claros (MG), agradeceu a todos que ajudaram na realização do evento.
O Núncio Apostólico do Brasil leu uma mensagem do Papa: “O Papa os anima neste Ano do Laicato no Brasil a permanecer atentos aos sensus fidei do seu povo, tão generoso e devoto. Ajudando os leigos a viver sempre em sintonia com seus pastores. O protagonismo do chamado a ser cada vez mais uma Igreja em saída, na certeza de que a Mãe Aparecida, cujo aniversário de 40 anos da restauração de sua imagem se está celebrando, não deixará de interceder que caminha no Brasil para que possa sempre buscar a restauração dos seus membros. O Papa Francisco, de coração, envia a todos os bispos e suas dioceses do Brasil, a bênção apostólica e pede, por favor, que continuem a rezar por ele“.
Na quinta-feira, 19, durante a última coletiva em Aparecida (SP), o Cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF) e presidente da entidade, destacou o clima de fraternidade que permeou o encontro do episcopado brasileiro que termina nesta sexta-feira, 20.
Segundo dom Sergio, a Assembleia Geral vai muito além do que se pode considerar como pronunciamentos, declarações, notas, mensagens ou documentos que são elaborados e aprovados pelo episcopado brasileiro. “Nós não nos reunimos apenas por produzir textos. Claro que eles são muito importantes. Mas a Assembleia quer ser, em primeiro lugar, um espaço de convivência fraterna, de colegialidade episcopal”, afirmou.
“Posso dizer que essa Assembleia tem sido uma das que mais pudemos sentir essa unidade fraterna, essa proximidade afetuosa entre os bispos do Brasil”, ressaltou o cardeal, chamando a atenção para os momentos de oração e missas ao longo da Assembleia, além o retiro realizado nos dias 14 e 15. “É uma assembleia orante. Aqueles que querem oferecer a sua colaboração para a missão da Igreja no Brasil, buscam a luz a sabedoria, a força que vem de Deus, para poderem tomar as decisões acertadas”, acrescentou.
“Nós nos reunimos para, cada vez melhor orientar a missão evangelizadora da Igreja no Brasil, respeitando aquilo que é próprio de cada diocese e de cada bispo, reunimo-nos para buscar, em comum, diretrizes, normas, orientações, para vida da Igreja”, completou dom Sergio, citando as novas diretrizes para a formação de presbíteros aprovadas pelo episcopado, que agora serão encaminhada para o reconhecimento da Santa Sé.
O cardeal também mencionou a revisão do Estatuto Canônico da CNBB, finalizado nesta Assembleia, e a eleição dos delegados da Conferência para o próximo Sínodo dos Bispos sobre juventude, fé e discernimento vocacional, em outubro, no Vaticano. “Esses nomes só poderão ser divulgados oportunamente, uma vez confirmados pela Santa Sé”, explicou.
Ao comentar a mensagem sobre ao povo brasileiro sobre as eleições de 2018, divulgada na coletiva, Dom Sergio esclareceu ao jornalistas que a CNBB, quando se pronuncia sobre questões sociais, não adota uma postura partidária. “Nós não temos partidos políticos nem candidatos próprios e não somos e nem queremos ser partidos ou tratados como tal. Somos um organismo da Igreja que visa a comunhão e a missão eclesial. E para cumprir essa missão é que nós orientamos os fiéis para sua participação na vida social”.
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“Temos insistido na necessidade dos cristãos católicos participarem mais ativamente da vida política. E isso exige critérios. A Doutrina Social é uma fonte preciosa que os fiéis leigos e leigas necessitam conhecer cada vez mais e que nós queremos por em prática cada vez mais, para que jamais seja desvirtuada essa missão própria da Igreja que é evangelizar. Nós precisamos vivenciar a fé não só dentro do templo, na hora das celebrações, mas no dia a dia da sociedade, inclusive, nos espaços públicos”, enfatizou o Presidente da CNBB.
Por CNBB