Sábado (02) a Casa do Migrante Scalabrini sediou a 1ª Conferência livre local, preparatório para a 2ª Conferência Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia (COMIGRAR). A 1º Conferência marca o início de muitos outros encontros que serão realizados pelas Organizações de Sociedade Civil e Migrantes, com o propósito de debater e buscar propostas de resoluções das temáticas abordadas dentro dos 6 eixos disponibilizados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil.
O propósito da 1ª Conferência livre foi discutir o eixo 1 – Igualdade de tratamento e acesso a serviços públicos. O responsável pela explanação do tema foi o agente de integração e Técnico de Enfermagem, Anderson Bismarck. As discussões proporcionaram esclarecimento sobre os serviços públicos, que são direito do migrante e dever do estado. Diego Misse Cruz, doutorando em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi nosso segundo palestrante. Ele ressaltou sobre os desafios enfrentados pelos migrantes ao chegarem em um país desconhecido.
Diego compartilhou, ainda, sua participação na Conferência Nacional de Saúde, 2023, apontando que: “as conferências livres locais conseguem ficar mais perto das populações migrantes, reconhecendo seu protagonismo. Falar de migrantes com uma escuta ativa, respeitosa e uma postura tolerante oferece um espaço seguro para se comunicar facilitando a integração real. Uma integração real é aquela que torna a pessoa independente e dona dos seus processos, o que dá oportunidade para que a mesma pessoa possa se reconstituir na sua própria identidade. No eixo trabalhado surge como demanda o trabalho cotidiano da consciência do território e da abundância das diferenças, essas diferenças que agregam quando bem integradas”.
Segundo o coordenador, Pe. Gabriel Battistella, cs – “A Comigrar é um evento de suma importância para os migrantes, é um momento privilegiado onde eles podem se fazer ouvidos, reunir-se para debater e elaborar propostas para o governo em vista de melhorar o processo de acolhida e inserção na sociedade brasileira. O migrante sendo escutado sente-se parte do processo de crescimento do nosso país, pois eles também fazem parte da história do Brasil. As conferências livres locais possibilitam que mesmo os migrantes que moram longe dos grandes centros possam elaborar as suas propostas voltadas para suas realidades de vivência local. A voz da mudança vem de todos os cantos para chegar até Brasília, por isso vos motivo a organizarem conferência livres locais no máximo de municípios possível, a sua proposta é muito importante e a sua realidade pode finalmente ser ouvida.”
Esteve presente em nossa conferência ainda José Andrade, migrante Venezuelano que atualmente atua dentro da Defensoria Pública da União (DPU) de Florianópolis, para ele: “As conferencias livres locais conseguem ficar mais perto das populações migrantes, reconhecendo seu protagonismo. Falar de migrantes com uma escuta ativa, respeitosa e uma postura tolerante oferece um espaço seguro para se comunicar facilitando a integração real. Uma integração real é aquela que torna a pessoa independente e dona dos seus processos, o que dá oportunidade para que a mesma pessoa possa se reconstituir na sua própria identidade. No eixo trabalhado surge como demanda o trabalho cotidiano da consciência do território e da abundância das diferenças, essas diferenças que agregam quando bem integradas. É gratificante participar com pelo menos este ator da rede de Florianópolis S/C.”
Nós da pastoral do migrante, Missão Scalabrini, estamos sempre buscando gerar oportunidades para os migrantes, a 2ª COMIGRAR veio em um momento propício, onde o fluxo migratório aumenta a cada dia que passa, assim, necessitamos de políticas inclusivas e acolhedoras para homens e mulheres que escolhem o Brasil como lar, afinal como dizia nosso fundador São João Batista Scalabrini: Para o Migrante, Pátria é a Terra que lhe dá o pão.
Fonte e Foto: Pastoral dos Migrantes de Santa Catarina – Missão Scalabrini
