Arquidiocese e FACASC promovem encontro com legisladores catarinenses

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Arquidiocese e FACASC promovem encontro com legisladores catarinenses
Foto: Franklin Machado/CNBB Sul 4

Para discutir migração e políticas públicas, a Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC), em parceria com a Arquidiocese de Florianópolis, promoveu no 20 de maio, um encontro com senadores, deputados federais e estaduais catarinenses.

O evento, realizado no auditório da FACASC, contou com a presença de diversos parlamentares, representantes do governo do Estado e de entidades públicas e civis. Também estiveram presentes no encontro o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck; o bispo de Caçador e presidente do Regional Sul 4 da CNBB, Dom Severino Clasen; o bispo de Lages, Dom Guilherme Werlang e o bispo de Blumenau, Dom Rafael Biernaski.

Durante a cerimônia de abertura, o diretor da FACASC, Pe. Edinei da Rosa Cândido, disse que este modelo de encontro acontece há três anos. “Nos anos anteriores, o evento aconteceu apenas em nível arquidiocesano, com os prefeitos e vereadores dos municípios de abrangência do território da Arquidiocese de Florianópolis. Neste ano, ganhou um alcance estadual por receber deputados e senadores de Santa Catarina”, disse o diretor.

Padre Edinei continuou sua fala ressaltando que o espaço oferece uma oportunidade de diálogo entre lideranças políticas e católicas. “Este momento é impulsionador para ações concretas que visam debater a vida do povo em que, cada um, Estado e Igreja, tem sua ação. Em Santa Catarina, a Igreja está em contato constante com os migrantes. Nosso estado é o quarto que mais recebe migrantes no país. A Igreja em Santa Catarina tem acompanhado e acolhido, através de programas e projetos, as diversas questões migratórias”, declarou.


Foto: Franklin Machado/CNBB Sul 4

O arcebispo falou aos participantes que a Igreja, por missão, trabalha no âmbito social e nas questões migratórias. “Dentre tantos temas, a migração é um dos mais urgentes para a atualidade. Apesar de sermos um país formado por migrantes, somos tardios na construção de leis e políticas públicas para as questões migratórias”. Dom Wilson também citou três atitudes que impulsionam a ação social nascida da Igreja: o amor, que é estar para o outro; a justiça – dar ao outro o que é do outro e a solidariedade, que é o empenho necessário para que aconteça o amor e a justiça.


Foto: Franklin Machado/CNBB Sul 4

Também foi concedida a palavra ao presidente do Regional Sul 4 da CNBB, Dom Severino Clasen, que agradeceu a iniciativa e disse que sem parcerias não se constrói nada. “Nós, Igreja e Estado, precisamos formar juntos um grande mutirão de acolhimento para aqueles que vem e, com dignidade, querem permanecer no meio de nós”, disse.

Mesa Redonda

No intuito de dinamizar a reflexão no encontro foi proposta uma mesa redonda com a participação do coordenador estadual da Pastoral do Migrante, Pe. Marcos Bubniak; da especialista em questões migratórias, doutora Dalila Maria Pedrini e o imigrante haitiano, há sete anos no Brasil, Jean Samuel Rosier.

De acordo com Pe. Marcos Bubniak, parafraseando o Papa Francisco, o imigrante não é uma ameaça, ele é uma oportunidade. “Na mensagem Mundial para o dia do Migrante deste ano, o Papa Francisco lembrou a importância do acolhimento. Acolher é ajudar, também através dos nossos centros, programas e projetos, as pessoas que chegam até nós em estado de vulnerabilidade, tornando-as dignas”, explicou.

A doutora Dalila Pedrini ressaltou a importância e urgência da criação de uma lei estadual que institua uma política pública para que a população migrante possa garantir o acesso a direitos fundamentais, aos direitos sociais e aos serviços públicos. “Santa Catarina é uma colcha de retalhos culturais de diversidade em raças e etnias. Somos todos imigrantes. Se faz necessária a implementação de uma lei que possa garantir o respeito à diversidade, à interculturalidade e, ao mesmo tempo, combater a xenofobia, o racismo, a intolerância religiosa entre outros”, declarou. A doutora disse ainda que “a grande meta da atualidade é a inclusão dos imigrantes e refugiados na sociedade brasileira”.

Após as falas da mesa redonda, o encontro foi aberto para partilhas, perguntas e contribuições dos participantes.

Por Franklin Machado
CNBB Regional Sul 4

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