Comunidades Eclesiais Missionárias

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Comunidades Eclesiais Missionárias

A CNBB acaba de publicar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – 2019-2023. A grande proposta de evangelização para os próximos anos concentra-se na criação ou fortalecimento de comunidades eclesiais missionárias. Como Jesus e os primeiros discípulos evangelizavam nas casas, em pequenas comunidades, propõe-se que também hoje se viva a comunhão e a missão em comunidades eclesiais missionárias.

CASA DA COMUNIDADE

“A casa permitiu que o cristianismo primitivo se organizasse em comunidades pequenas, com poucas pessoas, que se conheciam e compartilhavam a refeição cotidiana” (DGAEIB 2019-2023, n. 80). Era nas casas que se vivia a fidelidade ao ensinamento dos apóstolos, a partilha do pão eucarístico, o serviço da caridade fraterna, o cuidado com os necessitados, o compromisso com a justiça, o anúncio do Reino de Deus. A imagem da casa expressa o grande objetivo da evangelização em nosso país, tão marcado pela cultura urbana do individualismo, do mercantilismo religioso, do pluralismo ético e cultural.

IGREJA NAS CASAS

Quanto mais pudermos formar pequenas comunidades eclesiais missionárias, mais estaremos chegando na realidade existencial de nosso povo e alcançando mais pessoas para o Reino de Cristo. Essas pequenas comunidades, no modelo de Igreja nas casas, podem se formar “em ruas, condomínios, aglomerados, edifícios, unidades habitacionais, bairros populares, povoados, aldeias e grupos por afinidades” (n. 84). Nelas se vive a comunhão, com forte impulso para a missão. A experiência do amor de Deus e do encontro com Cristo vivo é uma graça que não pode ficar restrita aos nossos ambientes. É preciso levá-la adiante!

OS PILARES DA CASA

Cada comunidade eclesial missionária sustenta-se em quatro pilares: a) o pilar da Palavra, para incentivar a iniciação à vida cristã, a leitura orante da Bíblia e a animação bíblica de toda ação pastoral; b) o pilar do pão, para alimentar a liturgia, a vivência sacramental, a oração e a espiritualidade cristã; c) o pilar da caridade, para impulsionar o serviço dos mais pobres, a promoção e defesa da vida em todas as situações, a dimensão profética e samaritana da prática evangélica; d) o pilar da missão, para garantir que todos os fiéis estejam em estado permanente de “saída” missionária.

Publicado na edição de junho de 2019, do Jornal da Arquidiocese, página 05

Por Pe. Vitor Feller

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