Aproxima-se a celebração do Natal do Senhor. Nesta época do ano, costumam acontecer trabalhos de avaliação, celebrações e festividades de encerramento. No afã de tantos afazeres, porém, é preciso lembrar-nos de que estamos iniciando o precioso tempo do Advento. Como viver na fé estes dias que antecedem o Natal do Senhor?
Deus não nos deixou sozinhos
A palavra Advento, que pode ser traduzida como chegada, vinda, já indica o significado deste tempo: trata-se da expectativa pela vinda de Cristo, pela chegada do Salvador. Deus sempre visitou o seu povo, de muitos modos. Na plenitude dos tempos, Deus veio a nós enviando-nos o seu Filho. Trata-se do mistério da encarnação, que professamos no símbolo da fé: “e por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da virgem Maria, e se fez homem”. Também os textos da Escritura, lidos no Advento, nos atestam que a vinda do Messias foi longamente preparada, por meio de “ritos e sacrifícios, figuras e símbolos” (cf. Catecismo da Igreja Católica, 522-524). Tudo isso é um convite para percebermos a presença de Deus, que nos visita de muitos modos.
Cristo virá novamente, em sua glória
O Advento também nos lança na contemplação da vinda de Cristo em sua glória, no final dos tempos. A fé na segunda vinda de Cristo torna-se a súplica de toda a Igreja, que deve se preparar bem para ir ao seu encontro. Esta prece, já expressa na Escritura, “Vem, Senhor Jesus”, nos indica o sentido da obra redentora de Cristo e do intercâmbio dos dons celestes: “Revestido de sua glória, ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos” (cf. Prefácio do Advento I). Esta é a esperança cristã, que nos dá sabedoria para viver bem nosso presente.
Deus quer habitar entre nós
O Advento quer ser para nós um tempo de preparação intensa para o Natal do Senhor. Ele quer habitar entre nós, numa perene presença. Que as quatro semanas do Advento nos ajudem a fazer uma revisão de vida, tendo em vista a chegada de Jesus em nossa casa, em nossa família! Que sua vinda também nos converta aos valores do reino de Deus, e não das vontades humanas! Que Maria, a Mãe de Deus, e que é também nossa mãe, conduza-nos neste itinerário de fé.
Por: Pe. Jonathan Speck Thiesen Jacques – Vigário Paroquial na Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista
Ponte do Imaruim – Palhoça
Artigo publicado na edição de dezembro de 2015 do Jornal da Arquidiocese, página 08.